Maestro Jorge Antunes

Maestro Jorge Antunes:
"A vida imita a arte. Por isso eu faço música engajada politicamente, em busca da justiça social."

sábado, 3 de julho de 2010

CONSTERNADO!


Estou triste, inconformado, com a morte de meu amigo Radegundis Feitosa. No dia 1º de julho ele nos deixou. Terrível acidente de trânsito causou incêndio de seu veículo. Radegundis era o maior trombonista brasileiro da atualidade. Era Chefe do Departamento de Música da Universidade Federal da Paraiba e personalidade querida de toda a comunidade musical brasileira. Radegundis e mais três outros músicos paraibanos morreram na quinta-feira em acidente de carro quando iam para Itaporanga participar das solenidades do sesquincentenário da cidade.
Amigo, afável, gentil, líder, sonhador, idealista, musicalidade à flor da pele, socializador, adepto do coletivismo artístico, criava aqui e ali grandes grupos de trombone, corais de trombone.
Radegundis começou a brilhante carreira, afinado com minha obra. Despontou para o Brasil e para o mundo aos 21 anos de idade, como vencedor do II Concurso Nacional de Jovens Intérpretes da Música Brasileira, realizado em abril de 1983 na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro. Destacou-se com a interpretação de minha composição Inutilemfa, que escrevi especialmente para o certame como peça de confronto.
Radegundis deixou-nos importante e inesquecível lastro cultural, não apenas com suas gravações, mas também com um legado de jovens trombonistas formados por sua admirável capacidade didática.

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