Maestro Jorge Antunes

Maestro Jorge Antunes:
"A vida imita a arte. Por isso eu faço música engajada politicamente, em busca da justiça social."

quinta-feira, 29 de julho de 2010

200 - DUZENTOS - 200

CHEGOU A 200 O NÚMERO DE SIGNATÁRIOS NO
Manifesto de Artistas e Intelectuais em Apoio à Candidatura do Maestro Jorge Antunes ao Senado


A ducentésima assinatura é da pianista Patricia Kawaguchi.

Leia o Manifesto e o assine em:
http://www.petitionspot.com/petitions/JorgeAntuneSENADOR

PROPOSTAS DE LUTA DE JORGE ANTUNES, Senador 500



PROPOSTAS DE LUTA DE JORGE ANTUNES, Senador:


* Reestruturação total do transporte público no DF, com alta quantidade e qualidade, e integração ônibus-metrô;

* Criação do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis;

* Universalização do ensino público em tempo integral, três refeições na escola, qualidade, construção de novas escolas, salários dignos para os professores;

* Garantia de eficiência da Saúde Pública no DF, com reformas profundas e ampliação dos hospitais públicos e postos de saúde;

* Verbas públicas para enriquecimento dos acervos da Biblioteca Nacional de Brasília (Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola) e o Museu Nacional de Brasília (Museu Nacional Honestino Guimarães);

* Creches gratuitas no DF com alta qualidade e especialistas pediátricos e nutricionistas;

* Apoio efetivo à democratização cultural e à criação e difusão artística;

* 3% do orçamento da União para a Cultura;

* Apresentação de PEC do "direito de deseleger": plebiscito revogatório em que o povo retira o mandato de políticos ineptos e/ou corruptos;

* Verbas públicas para a expansão da UnB, com eficiência, qualidade nos espaços físicos e infra-estrutura;

* Autonomia plena para as Universidades públicas e gratuitas;

* Verbas públicas para a expansão da Escola de Música de Brasília para as Cidades Satélites, com ensino público e gratuito;

* Educação Musical nas escolas, com regulamentação, professores com formação específica, infra-estrutura, equipamentos, instrumentos, para criação de coros, orfeões, bandas de música, grupos musicais.

* Verbas públicas para as orquestras e grupos, condicionadas a percentagem mínima de 30% de música brasileira na programação, com instituição da figura do "compositor residente";

* Microcrédito bancário para músicos comprarem equipamentos e instrumentos musicais;

* Apoio integral, com vantagens fiscais, para todos os profissionais da cadeia produtiva da música: estúdios de ensaio e gravação, escolas de música, bares, restaurantes, teatros e auditórios, camelôs, lojas de música, livrarias, locadoras de vídeo, cinemas, etc..

quarta-feira, 28 de julho de 2010








PROPOSTAS DE LUTA DE JORGE ANTUNES, Senador:






















* Reestruturação total do transporte público no DF, com alta quantidade e qualidade, e integração ônibus-metrô;

* Criação do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis;

* Universalização do ensino público em tempo integral, três refeições na escola, qualidade, construção de novas escolas, salários dignos para os professores;

* Garantia de eficiência da Saúde Pública no DF, com reformas profundas e ampliação dos hospitais públicos e postos de saúde;

* Verbas públicas para enriquecimento dos acervos da Biblioteca Nacional de Brasília (Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola) e o Museu Nacional de Brasília (Museu Nacional Honestino Guimarães);

* Creches gratuitas no DF com alta qualidade e especialistas pediátricos e nutricionistas;

* Apoio efetivo à democratização cultural e à criação e difusão artística;

* 3% do orçamento da União para a Cultura;

* Apresentação de PEC do "direito de deseleger": plebiscito revogatório em que o povo retira o mandato de políticos ineptos e/ou corruptos;

* Verbas públicas para a expansão da UnB, com eficiência, qualidade nos espaços físicos e infra-estrutura;

* Autonomia plena para as Universidades públicas e gratuitas;

* Verbas públicas para a expansão da Escola de Música de Brasília para as Cidades Satélites, com ensino público e gratuito;

* Educação Musical nas escolas, com regulamentação, professores com formação específica, infra-estrutura, equipamentos, instrumentos, para criação de coros, orfeões, bandas de música, grupos musicais.

* Verbas públicas para as orquestras e grupos, condicionadas a percentagem mínima de 30% de música brasileira na programação, com instituição da figura do "compositor residente";

* Microcrédito bancário para músicos comprarem equipamentos e instrumentos musicais;

* Apoio integral, com vantagens fiscais, para todos os profissionais da cadeia produtiva da música: estúdios de ensaio e gravação, escolas de música, bares, restaurantes, teatros e auditórios, camelôs, lojas de música, livrarias, locadoras de vídeo, cinemas, etc..

197: esse é o número de artistas que, até as 18h00 de hoje, dia 28 de julho, já assinaram o manifesto de apoio a Jorge Antunes


Na foto:
Jorge Antunes com dois de seus apoiadores: a musicóloga MARIA ALICE VOLPE, professora doutora da UFRJ, e maestro Lutero Rodrigues, professor doutor da USP.



ASSINE EM:
http://www.petitionspot.com/petitions/JorgeAntuneSENADOR

segunda-feira, 26 de julho de 2010

MÚSICOS QUEREM REPRESENTAÇÃO NO SENADO‏


O Maestro Julio Medaglia inaugurou na internet uma petition de apoio à candidatura do maestro Jorge Antunes ao Senado, pelo PSOL-DF. Em pouco mais de uma semana mais de 100 artistas aderiram com suas assinaturas. Alguns nomes da música erudita lá estão como signatários de primeira hora: Julio Medaglia, Manuel Veiga, Mario Ficarelli, Edino Krieger, Lutero Rodrigues, Jamil Maluf, Osvaldo Lacerda, Hamilton de Holanda, Samuel Araujo, Rodrigo Ciccelli Velloso, Amaral Vieira, Rodolfo Coelho de Souza, Eduardo Guimarães Álvares, Eli-Eri Moura, Antonio Carlos Carrasqueira, Guilherme Vaz, Eudóxia de Barros, Jamary Oliveira, Alda Oliveira, Wilson Sukorsky, Emilio Terraza.

O endereço do site é:
http://www.petitionspot.com/petitions/JorgeAntuneSENADOR

Se você quer apoiar a candidatura de JORGE ANTUNES, SENADOR 500, assine a petition e vote nas prévias:
http://tvoto.virtualnet.com.br/votar/2/DF

sábado, 24 de julho de 2010

UM MAESTRO NO SENADO FEDERAL: artistas e intelectuais divulgam manifesto de apoio a Jorge Antunes

























http://www.petitionspot.com/petitions/JorgeAntuneSENADOR


O maestro Mario Ficarelli (USP) e o musicólogo Manuel Veiga (UFBA) elaboraram o texto do Manifesto nacional de artistas e intelectuais em apoio à candidatura do maestro Jorge Antunes ao Senado, pelo PSOL-DF

Seja apoiador do Manifesto, assinando no site:
http://www.petitionspot.com/petitions/JorgeAntuneSENADOR

Inclua, ao lado do nome, a categoria (compositor, musicólogo, arquiteto, músico, artista plástico, prof. Universidade).
Existe também um espaço para comentário, se desejar incluí-lo.

A lista de signatários foi aberta por Julio Medaglia, Wilson Sukorsky, Manuel Veiga, L. C. Vinholes, Amaral Vieira e Alda Oliveira.
Depois de assinar, peço que divulgue entre amigos do meio artístico, intelectual e acadêmico, pedindo apoio.

Depois, vote no site:
http://tvoto.virtualnet.com.br/votar/2/DF

Obrigado,
abraço,
Jorge Antunes

PS. O texto e a lista de signatários constarão da petition na internet e também de impressos em papel (folders) para distribuição em Brasília.


UM MAESTRO NO SENADO
Brasília merece! O Brasil merece!

Artistas criadores e políticos revolucionários têm loucuras em comum: a beleza da vida, a justiça entre os homens. O estudioso da harmonia, do contraponto, do improviso, da composição, da regência é meticuloso na elaboração da consciência e compreensão do mundo em que vivemos.
Políticos profissionais do crime organizado hoje convertem política em lixo. Os que não compactuam e se levantam contra a onda crescente de corrupção têm de realizar enormes esforços para se diferenciarem da corja que cada vez mais se apropria dos recursos públicos e menos punição recebe. Há entre nós, entretanto, um Jorge Antunes de talento reconhecido, uma história de honestidade absoluta, franqueza e espírito de luta, merecedor de nosso apoio.
Compositor, maestro, homem de bem, a população do Distrito Federal terá agora uma oportunidade ímpar de se levantar contra uma situação insuportável e vergonhosa que a todos avassala. É hora de dizer não aos políticos que traem a confiança do povo.
Os abaixo-assinados somos artistas, acadêmicos e músicos desejosos de ver um músico de alta cepa alçado ao Senado, com amplas preocupações sobre Cultura e Educação de qualidade, em que as artes sejam carros-chefes, sem detrimento das outras questões a serem enfrentadas: fim da corrupção, fim da violência, qualidade da saúde pública, ecologia, entre outras.
Horácio (65 AC - 8 AC), contando a história da Grécia invadida e dominada pelos romanos, reconheceu que não foi o enorme poderio militar romano o que restou, mas a cultura grega. Não a força, nem o poder, mas o lastro cultural. Assim, Antunes finca suas bandeiras na Cultura e na Educação, a exemplo do Sistema de Orquestras Juvenis que pretende fomentar para retirar crianças das ruas e alicerçar a formação intelectual de jovens. Criadas por todo o Brasil, em escolas públicas de tempo integral, serão células de um futuro melhor.
Sobre a sofrida Educação Musical Antunes reacende nossas esperanças: “Lutaremos pela regulamentação da Educação Musical nas escolas, sendo a disciplina ministrada por professores com formação específica, de modo a não permitir que na escola seja repetido o processo deseducador dos meios de comunicação de massa, que banaliza e desvirtua a educação de qualidade. A Educação Musical será abrangente, de maneira a abrir um leque ao educando. As multinacionais do banal que se enriquecem com o consumismo alienante serão banidas do espaço escolar.”

Muitos de nós, signatários deste documento, temos amigos e familiares em Brasília. É hora de mobilizá-los, conclamando-os a votarem em Antunes.


JORGE 500
Maestro Jorge Antunes: são outros 500!
Senador da República – PSOL

quarta-feira, 21 de julho de 2010

PROPOSTAS DE LUTA DE JORGE ANTUNES, SENADOR 500








PROPOSTAS DE LUTA DE JORGE ANTUNES, Senador:






















* Reestruturação total do transporte público no DF, com alta quantidade e qualidade, e integração ônibus-metrô;

* Criação do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis;

* Universalização do ensino público em tempo integral, três refeições na escola, qualidade, construção de novas escolas, salários dignos para os professores;

* Garantia de eficiência da Saúde Pública no DF, com reformas profundas e ampliação dos hospitais públicos e postos de saúde;

* Verbas públicas para enriquecimento dos acervos da Biblioteca Nacional de Brasília (Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola) e o Museu Nacional de Brasília (Museu Nacional Honestino Guimarães);

* Creches gratuitas no DF com alta qualidade e especialistas pediátricos e nutricionistas;

* Apoio efetivo à democratização cultural e à criação e difusão artística;

* 3% do orçamento da União para a Cultura;

* Apresentação de PEC do "direito de deseleger": plebiscito revogatório em que o povo retira o mandato de políticos ineptos e/ou corruptos;

* Verbas públicas para a expansão da UnB, com eficiência, qualidade nos espaços físicos e infra-estrutura;

* Autonomia plena para as Universidades públicas e gratuitas;

* Verbas públicas para a expansão da Escola de Música de Brasília para as Cidades Satélites, com ensino público e gratuito;

* Educação Musical nas escolas, com regulamentação, professores com formação específica, infra-estrutura, equipamentos, instrumentos, para criação de coros, orfeões, bandas de música, grupos musicais.

* Verbas públicas para as orquestras e grupos, condicionadas a percentagem mínima de 30% de música brasileira na programação, com instituição da figura do "compositor residente";500

terça-feira, 13 de julho de 2010

MANIFESTO: UM MAESTRO NO SENADO


O maestro Mario Ficarelli (USP) e o musicólogo Manuel Veiga (UFBA) elaboraram o texto do Manifesto nacional de artistas e intelectuais em apoio à candidatura do maestro Jorge Antunes ao Senado, pelo PSOL-DF

Seja apoiador do Manifesto, assinando no site:
http://www.petitionspot.com/petitions/JorgeAntuneSENADOR

Inclua, ao lado do nome, a categoria (compositor, musicólogo, arquiteto, músico, artista plástico, prof. Universidade).
Existe também um espaço para comentário, se desejar incluí-lo.

A lista de signatários foi aberta por Julio Medaglia, Wilson Sukorsky, Manuel Veiga, L. C. Vinholes, Amaral Vieira e Alda Oliveira.
Depois de assinar, peço que divulgue entre amigos do meio artístico, intelectual e acadêmico, pedindo apoio.

Depois, vote no site:
http://tvoto.virtualnet.com.br/votar/2/DF

Obrigado,
abraço,
Jorge Antunes

PS. O texto e a lista de signatários constarão da petition na internet e também de impressos em papel (folders) para distribuição em Brasília.


UM MAESTRO NO SENADO
Brasília merece! O Brasil merece!

Artistas criadores e políticos revolucionários têm loucuras em comum: a beleza da vida, a justiça entre os homens. O estudioso da harmonia, do contraponto, do improviso, da composição, da regência é meticuloso na elaboração da consciência e compreensão do mundo em que vivemos.
Políticos profissionais do crime organizado hoje convertem política em lixo. Os que não compactuam e se levantam contra a onda crescente de corrupção têm de realizar enormes esforços para se diferenciarem da corja que cada vez mais se apropria dos recursos públicos e menos punição recebe. Há entre nós, entretanto, um Jorge Antunes de talento reconhecido, uma história de honestidade absoluta, franqueza e espírito de luta, merecedor de nosso apoio.
Compositor, maestro, homem de bem, a população do Distrito Federal terá agora uma oportunidade ímpar de se levantar contra uma situação insuportável e vergonhosa que a todos avassala. É hora de dizer não aos políticos que traem a confiança do povo.
Os abaixo-assinados somos artistas, acadêmicos e músicos desejosos de ver um músico de alta cepa alçado ao Senado, com amplas preocupações sobre Cultura e Educação de qualidade, em que as artes sejam carros-chefes, sem detrimento das outras questões a serem enfrentadas: fim da corrupção, fim da violência, qualidade da saúde pública, ecologia, entre outras.
Horácio (65 AC - 8 AC), contando a história da Grécia invadida e dominada pelos romanos, reconheceu que não foi o enorme poderio militar romano o que restou, mas a cultura grega. Não a força, nem o poder, mas o lastro cultural. Assim, Antunes finca suas bandeiras na Cultura e na Educação, a exemplo do Sistema de Orquestras Juvenis que pretende fomentar para retirar crianças das ruas e alicerçar a formação intelectual de jovens. Criadas por todo o Brasil, em escolas públicas de tempo integral, serão células de um futuro melhor.
Sobre a sofrida Educação Musical Antunes reacende nossas esperanças: “Lutaremos pela regulamentação da Educação Musical nas escolas, sendo a disciplina ministrada por professores com formação específica, de modo a não permitir que na escola seja repetido o processo deseducador dos meios de comunicação de massa, que banaliza e desvirtua a educação de qualidade. A Educação Musical será abrangente, de maneira a abrir um leque ao educando. As multinacionais do banal que se enriquecem com o consumismo alienante serão banidas do espaço escolar.”

Muitos de nós, signatários deste documento, temos amigos e familiares em Brasília. É hora de mobilizá-los, conclamando-os a votarem em Antunes.


JORGE 500
Maestro Jorge Antunes: são outros 500!
Senador da República – PSOL

sábado, 10 de julho de 2010

Os empresários bonzinhos e as doações de campanha


Jorge Antunes

Em 9 de novembro de 2002 o Correio Braziliense publicou matéria intitulada "Prestação de contas", em que eram dados alguns detalhes sobre o financiamento de campanha, no primeiro turno, dos candidatos à Presidência da República. Algumas das informações revelavam um interesse incomum, de empresários, pelo bem do Brasil. Em 23 de setembro de 2002 o Vox Populi divulgou pesquisa em que Garotinho empatava com Ciro Gomes: em 48 horas a Schincariol e a Construtora Camargo Corrêa despejaram R$ 800 mil na conta do PSB, partido ao qual Garotinho era filiado.
Muitos outros bondosos empresários, sempre legalmente no esquema do caixa um, estiveram preocupados com a felicidade de nosso país, percebendo que tão bons presidenciáveis precisavam de apoio financeiro. Em 4 de outubro, a dois dias do primeiro turno, mais R$ 940 mil foram doados à campanha de Garotinho pela Companhia Siderúrgica Nacional, pela Construtora Camargo Corrêa e pela Sergen Engenharia.
É fácil concluir acerca da benevolência dos empresários. Observe-se que, ao fazerem doações para a campanha eleitoral, as empresas e os empresários não têm qualquer incentivo fiscal. Não existe uma lei rouanet ou uma lei sarney para doações de campanha. Os doadores usam dinheiro de seus próprios lucros ou de suas próprias riquezas pessoais, sem qualquer dedução no imposto de renda. Talvez outras leis existam para explicar essa generosidade. Poderíamos falar em lei da selva, lei do mais forte, lei da oferta e da procura ou, até mesmo, em leiloamento, mas o fenômeno, previsto em lei, nada tem a ver com a conhecida lei do mecenato.
Tudo aqui comentado – lembremos ao leitor – se refere ao caixa um, previsto em lei. Várias perguntas imediatamente nos acorrem quando pensamos na questão. Por que o legislador permite que empresas e empresários façam doações para campanhas políticas? O quê leva o legislador a imaginar que existirão empresas e empresários interessados em financiar campanhas? A troco de quê eles fariam tais doações?
A mesma matéria do Correio nos contava que o grupo Gerdau doou R$ 1,315 milhão ao candidato Ciro Gomes. A Votorantim, do empresário Antonio Ermírio de Moraes, que apareceu no programa eleitoral pedindo votos para José Serra, doou R$ 400 mil para a campanha de Ciro.
É muito comum essa magnanimidade do capital: a mesma empresa faz doações a diferentes candidatos adversários entre si. No jogo do bicho a estratégia é velha conhecida: o ato de cercar o bicho pelos sete lados aumenta as chances de sucesso. Em época de eleições uma espécie de jogão do bicho se promove, com grandes somas despejadas pelos sete lados do lodaçal.
Guardo com carinho, em meu implacável arquivo pessoal, duas cartas das Indústrias Votorantim, uma delas assinada pelo próprio Antonio Ermírio de Moraes, o mesmo que em 2002 doou R$ 400 mil para a campanha de Ciro Gomes. São missivas, da mesma época, que me informam acerca da falta de recursos da empresa para atender meu pedido de R$ 400 mil para projetos culturais. Minha ópera Olga e minha Cantata dos Dez Povos, projetos que contavam com o aval do Ministério da Cultura para captação de recursos com os benefícios da Lei do Mecenato, não podiam então sair do papel.
O empresário poderia conceder verba aos projetos culturais, com desconto no imposto de renda. Não o fez. Sem usar de incentivo fiscal, entretanto, foi possível encher as burras dos tesoureiros de campanha de diferentes candidatos. Tudo, repito, dentro do caixa um. Poderíamos, então, chegar a interessante conclusão. Em época eleitoral o empresário abdica do direito de ter isenção fiscal. Vincular seu produto a um evento cultural, em período de eleições, não garante um Brasil promissor para as gerações futuras. O empresário é tão magnânimo, tão patriota, tão bonzinho, que prefere dividir sua fortuna, sem qualquer interesse pessoal, sem isenções fiscais, com candidatos maravilhosos e honestos, cumpridores das leis, tementes a Deus, que hão de cumprir suas promessas de manutenção de um status quo que perpetuará a exploração do homem pelo homem.
A conclusão a que chego, essa que reconhece a existência do empresário bonzinho, pode ser contestada por qualquer um. Outros poderão chegar a outras conclusões. Estes, por questão de coerência, deveriam ficar atentos e destinar seus votos aos candidatos que não aceitem doações através de caixa dois, mas que também não aceitem doações através do caixa um, apesar de a lei permitir. Nem toda lei é legítima. Nem toda lei cheira bem. Tem lei que pega facilmente porque é podre desde seu nascedouro.

quinta-feira, 8 de julho de 2010


Amigos e amigas!
Amanhã, sexta, dia 9 de julho, a partir de 9 horas da amanhã, já terei adesivos para carro.
Procurem-me:3368-1794.
ANTUNES SENADOR 500-Psol
Vejam como vai ficar bonito o adesivo.
Reparem que não há, na careca, nenhum brilho.
Mas, creia, por dentro da careca há muitas ideias, propostas, ideais, vontade de luta, para sanear a vida pública e buscar a verdadeira justiça social.

CONSTERNADO: LUTO



Faleceu na segunda-feira o poeta e compositor Clesio de Souza Ferreira, músico e criador de enorte talento e sensibilidade, que foi professor na UnB. Clesio é autor, em parceria com seus irmãos, de uma das mais belas páginas do cancioneiro brasileiro dos anos 70: Revelação. A canção foi lançada, com enorme sucesso, na voz do cantor Raimundo Fagner. Mas o catálogo da produção de Clesio é amplo, com outras grandes criações na música e na literatura. Hoje [8/7], no Correio Braziliense, vem publicado um importante obituário sobre aquele querido e saudoso colega.

Aos queridos Clôdo e Climério, irmãos de Clesio, e à familia toda, transmito minhas sinceras condolências.
Deixo aqui, em meu nome e, certamente, em nome de todos os músicos, um preito de gratidão àquele grande músico e poeta que escreveu:

Um dia vestido
de saudade viva,
faz ressuscitar
casas mal vividas,
camas repartidas:
faz se revelar
Quando a gente tenta,
de toda maneira,
dele se guardar,
sentimento ilhado,
morto, amordaçado,
volta a incomodar.


Não nos esqueçamos de todo aquele que, tal como Clesio, mesmo morto, amordaçado, volta a incomodar.

Jorge Antunes

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Façamos todos nhenhenhém, de dentro para fora do PSOL.


NHENHENHÉM
VIVA O NHE-NHE-NHÉM !!!
Viva o Tupi-Guarani !!!



Os dicionários ensinam que a expressão nhenhenhém - com as variações nenhenhê e nenhenhém - é um brasileirismo com significado de resmungo, repetição de palavras, recalcitração insistente e teimosia. Originada do tupi - língua geral falada até o século 19 em nosso litoral - e mais precisamente do verbo nhe’eng (falar, piar), ela é usada costumeiramente na forma de “vamos deixar de nhenhenhém”, ou “chega de nhenhenhém”, com o sentido de “pare de ficar falando”, ou “acabe com essa falação interminável, com esse discurso irritante e monótono”. Os estudiosos do nosso idioma asseveram que quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indígenas não entendiam coisa alguma do que aqueles homens estranhos falavam, e por isso comentavam que eles ficavam a dizer nhenhenhém.

Jorge Antunes

UM MAESTRO NO SENADO, Brasília merece, Jorge Antunes é 500 é PSOL


UM MAESTRO NO SENADO
Brasília merece

*Enrique Morales

Os artistas criadores e os políticos revolucionários têm loucuras em comum. Loucura pela beleza da vida e pela justiça entre os homens. Dentre os primeiros, o músico, o estudioso meticuloso da harmonia, do contraponto, do improviso e da regência, enfim, das infinitas possibilidades que a musica nos oferece, é o que mais se parece, pela diversidade de conhecimentos que domina e pela aplicação coletiva destes. Trabalho de maestro. Meticuloso também na construção da consciência, da melhor compreensão do mundo em que vivemos.

É verdade que, nos tempos atuais, os políticos profissionais do crime organizado, têm jogado a política na lata do lixo. E, aqueles que não compactuam e se levantam contra essa onda crescente de corrupção e mentiras, têm que realizar enormes esforços para diferenciar-se dessa corja que, infelizmente, cada vez mais se apropria dos recursos públicos e cada vez menos punição recebem. Mas isso não nos assusta. Muito menos quando temos entre nós alguém com a história e a honestidade do companheiro e maestro Jorge Antunes.

Nestas eleições, nossa população tem a oportunidade ímpar de levantar-se contra toda essa situação insuportável e vergonhosa em que as máfias, já bem conhecidas e identificadas, colocaram o Distrito Federal. Chegou a hora de dizer não àqueles políticos que traíram a confiança do povo.

Temos total confiança em que, com a firmeza e a sabedoria com que rege a orquestra, o companheiro Jorge Antunes saberá se reger na condução de uma política honesta, combativa e de luta pela defesa intransigente dos interesses dos trabalhadores e do povo pobre.

Maestro Jorge Antunes, Senador da República. Brasília merece!

Brasília, 06 Julho 2010

*Enrique Morales-Secretário Geral do PSOL-DF e Membro da Executiva Nacional do PSOL


Jorge Antunes não rouba e não deixa roubar
Participe, escreva, comente: Jorge Antunes não rouba e não deixa roubar.

O recebimento de doações, pela BCE, está suspenso

Que tristeza!
Que vergonha!
Desde 1973 o prédio da BCE se congela em sua estrutura e capacidade.
O edifício de 16.000 m², tem capacidade para um milhão de volumes e para dois mil usuários.
Em 1973 a UnB tinha cerca de 12.000 estudantes.
Em 2004 a UnB tinha cerca de 30.000 estudantes.
Hoje o acervo da BCE ultrapassa um milhão de exemplares.
A BCE continuou a mesma, até hoje, sem qualquer ampliação.
É preciso lutar por polpudas dotações orçamentárias para o câmpus Plano Piloto da UnB e para uma decente expansão com dignidade e honestidade acadêmica para os outros campi (qualidade de ensino e conforto ambiental).
Abraços,
Jorge Antunes

terça-feira, 6 de julho de 2010

ESTUDANTES DA UnB, CAMPUS DA CEILÂNDIA, RECLAMAM DAS CONDIÇÕES DE ENSINO


A universidade de Brasília-UnB é a única universidade federal do Distrito Federal -DF, já bem conceituada e que tem peso importante na educação da região. Quando a proposta da construção dos novos campi da Universidade de Brasília nas cidades Gama, Planaltina e Ceilândia foi feita, sentimo-nos vitoriosos, principalmente em Ceilândia, que foi "contemplada" com um campi onde funcionariam cinco cursos na área de saúde: Enfermagem, Saúde Coletiva, Terapia Ocupacional, Farmácia e Fisioterapia. É inegável a proposta inovadora que a universidade pretende cumprir numa cidade onde existe uma carência sistêmica principalmente na área de saúde.

Infelizmente, estamos cada dia mais distantes de uma formação de qualidade capaz de cumprir essa proposta. Desde o primeiro vestibular realizado para esse campi, no 2° semestre do ano de 2008, os alunos têm vivido uma realidade acadêmica precária que até o momento foi apenas “remendada” com soluções paliativas e temporárias. As primeiras turmas deste campi tiveram boa parte de suas aulas num local improvisado no centro da Ceilândia. Não havia estrutura, laboratório, ventilação ou condição alguma para a ministração de aulas, e a promessa de entrega do campi definitivo estava prevista para outubro do mesmo ano (2008), prazo não cumprido pela empresa ganhadora da licitação e pelo GDF.

Em 2009 os alunos foram deslocados para outro local provisório, o Centro de Ensino Médio 04 da Ceilândia (CEM 04), resultando em remanejamento de alunos ali matriculados devido a presença dos alunos da UnB dividindo o espaço com a instituição. O CEM 04 contava com uma maior estrutura (ainda precária) oferecendo um maior acervo de livros na biblioteca, um laboratório de informática e um laboratório multiuso; mesmo neste novo local as condições eram ruins, não havia espaço para uma turma inteira fazer uso desses ambientes ao mesmo tempo. Um novo prazo de entrega do campi foi dado: março de 2010. Enquanto essa realidade nos confrontava e o atraso das obras era evidente, fizemos protestos e pressionamos a reitoria que nos deu um novo prazo: 21 de abril de 2010 (aniversário de Brasília). espaço no CEM 04 tornou-se insuficiente. Mais uma vez, como solução temporária, a UnB alugou duas salas na Escola Técnica de Ceilândia, nas proximidades do CEM 04, onde estão sendo administradas aulas de algumas disciplinas. E as obras do campi definitivo estão totalmente paradas. Além do fato de a quantidade de alunos do CEM 04 ter diminuído expressivamente, pois estes têm muito menos espaço para estudar, e acabaram sendo REARRANJADOS para outras instituições públicas do GDF, muitas vezes longe de suas casas. O que acontece no final?! Vários destes alunos têm desistido de estudar, pela inviabilidade de chegar na escola.

Hoje estamos vivendo essa realidade, o CEM 04 e a Escola Técnica de Ceilândia não são capazes de suportar os alunos dos quatro períodos dos cinco cursos, não temos restaurante universitário, não temos exemplares de livros suficientes, não temos aulas práticas suficientes nem de qualidade, não temos laboratórios individualizados para cada departamento, não temos condições mínimas de estudo (as salas são superlotadas, os banheiros são insuficientes, faltam cadeiras, falta espaço na biblioteca, falta espaço nos laboratórios), não temos segurança suficiente (devido a grande movimentação da área, muitas pessoas são assaltadas e carros são furtados em plena luz do dia) e estamos vivendo de medidas provisórias há dois anos. Dois anos! Como se não fosse o suficiente, a comunidade acadêmica de Ceilândia é ignorada e a integração entre os campi não faz sentido, uma vez que existe o transporte gratuito inter campi, mas a burocracia para conseguir pegar aulas em outros campi é absurda, quando deveria ser feita via internet! E estamos passando por um pós-greve dos professores que resultou em um calendário retroativo, onde não teremos férias e estamos a 100 dias sem funcionários e técnicos devido a atual greve da classe, o que resulta em biblioteca e laboratórios trancados.
Nós queremos uma formação de qualidade, queremos ser ouvidos, queremos ser valorizados, queremos ter boas condições de estudo; nós não somos o “resto” da UnB, somos parte integrante (Gama, Planaltina, Ceilândia e Darcy Ribeiro) da Universidade e queremos ser tratados como tal. Descentralização da UnB sim, porém com QUALIDADE!

UM MAESTRO NO SENADO




UM MAESTRO NO SENADO
Brasília merece


Enrique Morales
Secretário Geral do PSOL-DF
Membro da Executiva Nacional do PSOL



Os artistas criadores e os políticos revolucionários têm loucuras em comum. Loucura pela beleza da vida e pela justiça entre os homens. Dentre os primeiros, o músico, o estudioso meticuloso da harmonia, do contraponto, do improviso e da regência, enfim, das infinitas possibilidades que a musica nos oferece, é o que mais se parece, pela diversidade de conhecimentos que domina e pela aplicação coletiva destes. Trabalho de maestro. Meticuloso também na construção da consciência, da melhor compreensão do mundo em que vivemos.

É verdade que, nos tempos atuais, os políticos profissionais do crime organizado, têm jogado a política na lata do lixo. E, aqueles que não compactuam e se levantam contra essa onda crescente de corrupção e mentiras, têm que realizar enormes esforços para diferenciar-se dessa corja que, infelizmente, cada vez mais se apropria dos recursos públicos e cada vez menos punição recebem. Mas isso não nos assusta. Muito menos quando temos entre nós alguém com a história e a honestidade do companheiro e maestro Jorge Antunes.

Nestas eleições, nossa população tem a oportunidade ímpar de levantar-se contra toda essa situação insuportável e vergonhosa em que as máfias, já bem conhecidas e identificadas, colocaram o Distrito Federal. Chegou a hora de dizer não àqueles políticos que traíram a confiança do povo.

Temos total confiança em que, com a firmeza e a sabedoria com que rege a orquestra, o companheiro Jorge Antunes saberá se reger na condução de uma política honesta, combativa e de luta pela defesa intransigente dos interesses dos trabalhadores e do povo pobre.

Maestro Jorge Antunes, Senador da República. Brasília merece!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Correio Braziliense omite nome de Jorge Antunes para o Senado

Hoje, o Jornal Correio Braziliense trouxe reportagem sobre as eleições, divulgando os candidatos aos cargos majoritários (governador e senador), omitindo o nome de Jorge Antunes.



O Jornal divulgou também uma estimativa do tempo de TV no horário eleitoral para cada candidato ao governo do DF: apenas dois candidatos terão direito a nada menos que 90% do tempo, ou seja, 18 dos 20 minutos reservados para os candidatos a governador.



Isso mostra como a disputa eleitoral é desigual. Mas o povo ficará atento: não é aquele candidato que tem mais dinheiro e mais tempo de TV que é o melhor. O ex-governador do DF que o diga.

sábado, 3 de julho de 2010

GILMAR FAZ CACHORRADA COM FICHA LIMPA. Não é a primeira vez que ele faz Au-Au-Au no Tribunal




O Ministro Gilmar Mendes continua o mesmo! Suspendeu primeira inelegibilidade de político com ficha suja.
O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu nesta quinta-feira (1º) a primeira inelegibilidade resultante da Lei da Ficha Limpa. O ministro Gilmar Mendes determinou que a Justiça Eleitoral não pode negar registro de candidatura do senador Heráclito Fortes (DEM-PI) para cargo eletivo com base nas restrições da Lei da Ficha Limpa. O senador pretende se reeleger ao Senado.
Com essa decisão, ficam suspensos os efeitos de inelegibilidade da condenação imposta ao senador pelo Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI). Fortes foi condenado em uma ação popular por conduta lesiva ao patrimônio público. O senador teria usado a publicidade da prefeitura de Teresina para se promover quando era prefeito da cidade entre 1989 e 1993.
O político virou alvo da Ficha Limpa porque a norma torna inelegíveis as pessoas condenadas - por órgãos colegiados - pela prática de crimes como improbidade administrativa e uso da máquina pública para promoção pessoal. Antes da lei, somente se tornavam inelegíveis políticos com condenação definitiva na Justiça.
A decisão de Gilmar Mendes suspende a inelegibilidade de Fortes até que a 2ª Turma do STF conclua o julgamento do recurso interposto pelo senador. O julgamento do recurso foi suspenso em novembro de 2009 por um pedido de vista do ministro Cezar Peluso. O julgamento foi retomado no dia 26 de janeiro. O caso tramita no Supremo desde 2000.
Todos devem se lembrar de que não é a primeira vez que o Gilmar faz Au-au-au no Tribunal. Ouça em: http://www.americasnet.com.br/antunes/au-au-au-no-tribunal

CONSTERNADO!


Estou triste, inconformado, com a morte de meu amigo Radegundis Feitosa. No dia 1º de julho ele nos deixou. Terrível acidente de trânsito causou incêndio de seu veículo. Radegundis era o maior trombonista brasileiro da atualidade. Era Chefe do Departamento de Música da Universidade Federal da Paraiba e personalidade querida de toda a comunidade musical brasileira. Radegundis e mais três outros músicos paraibanos morreram na quinta-feira em acidente de carro quando iam para Itaporanga participar das solenidades do sesquincentenário da cidade.
Amigo, afável, gentil, líder, sonhador, idealista, musicalidade à flor da pele, socializador, adepto do coletivismo artístico, criava aqui e ali grandes grupos de trombone, corais de trombone.
Radegundis começou a brilhante carreira, afinado com minha obra. Despontou para o Brasil e para o mundo aos 21 anos de idade, como vencedor do II Concurso Nacional de Jovens Intérpretes da Música Brasileira, realizado em abril de 1983 na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro. Destacou-se com a interpretação de minha composição Inutilemfa, que escrevi especialmente para o certame como peça de confronto.
Radegundis deixou-nos importante e inesquecível lastro cultural, não apenas com suas gravações, mas também com um legado de jovens trombonistas formados por sua admirável capacidade didática.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Declaração a um ano do golpe em Honduras


A um ano do golpe:
Nosso apoio à resistência do povo hondurenho
A Juan Barahona, Gilberto Rios e demais membros da coordenação do FRNP:
Queremos transmitir a vocês a mais incondicional solidariedade com sua luta nestes dias em que se completa um ano do golpe militar de 2009.
Vocês têm criado um fato histórico, inédito na América Latina: resistir ao golpe nas ruas militarizadas de Tegucigalpa; construir uma enorme organização popular, a FNRP, como alternativa democrática de poder que hoje representa a ampla maioria do povo hondurenho.
Esse golpe ocorreu num momento diferenciado da história latino americana. Porque na última década, as lutas populares levaram ao poder governos independentes do imperialismo e anti-neoliberais, como de Chávez na Venezuela, de Evo Morales na Bolívia e Rafael Correa no Equador. Estes governos representam uma ameaça aos interesses estadunidenses na região.
O presidente Zelaya, como fruto da mobilização popular, se juntou à ALBA e deu novos passos no caminho da independência política de nosso continente. A oligarquia hondurenha e os setores imperialistas mais truculentos dos EUA não podem aturar este passo, e por isso golpearam Honduras.
A América Latina não sofria golpes militares desde 5 de abril de 1992, quando o corrupto Fujimory usurpou o poder no Peru. Foram 17 anos sem golpes. Honduras se converteu num laboratório da experiência estadunidense para controlar a ortodoxia neoliberal, o Estado mínimo para garantir lucros máximos. Os setores militares dos EUA que apoiaram o golpe foram vitoriosos sobre um imperialismo supostamente mais “brando” de Obama.
Em 1 ano, contudo, a resistência do povo hondurenho é exemplar. Incontáveis vezes, os protestos contra o regime, sob ameaça das forças armadas, superaram 200 mil pessoas nas ruas de Tegucigalpa. As duvidosas eleições de novembro de 2009, mecanismo publicitário para continuidade do golpe, contou com menos de 30% de participação e apenas 20% de votos favoráveis ao candidato Porfírio Lobo.
O povo foi às ruas mostrar as “mãos limpas”, sem a marca de graxa no dedo dos votantes, como prova de integridade contra a farsa eleitoral. No 1º de maio deste ano, 400 mil pessoas manifestaram-se para expressar o repúdio ao regime semi-ditatorial que se instalou.
A Corte Suprema de Justiça hondurenha está blindada com as forças do regime. Os juízes contra o golpe de Estado foram destituídos. Assassinatos, torturas e seqüestros crescem as estatísticas da violência contra os ativistas da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP). A FNRP é a legítima encarnação da proposta de Assembléia Constituinte. Mais de 140 pessoas estão sofrendo processos judiciais ilegais, mais de 100 foram exilados, e há incontáveis presos políticos e perseguidos. Os assassinatos clandestinos à queima roupa já passam de 30. A higienização política de todos os organismos de justiça está feita.
Porém, pela força da FNRP e seu potencial massivo, o governo de Lobo está relativamente isolado pelos países de nosso continente.
O PSOL está e estará incondicionalmente junto à resistência. A cada momento em que necessitem de nós estaremos aí, como já estivemos nos meses duros da ditadura. Por isso exigimos que os poderes públicos brasileiros assumam o dever de acudir o povo de Honduras. Apesar de Lula ter agido corretamente ao abrigar Manuel Zelaya na embaixada brasileira e ao não reconhecer as eleições de novembro de 2009, depois disso o que predominou foi o silêncio. Este silêncio infelizmente é equivalente à conivência, à passividade diante da violação sistemática de direitos humanos contra os hondurenhos.
O PSOL reconhece a Frente Nacional de Resistência Popular como legítima alternativa de poder popular contra o atual regime. Apoiamos o Plebiscito pela Assembléia Constituinte, o mesmo que Zelaya foi impedido de realizar, e que agora será feito pelas mãos do povo. É um caminho para deslegitimar o golpe de Estado e o poder espoliador da burguesia, para que o povo hondurenho tome seu destino nas próprias mãos.
Se nosso continente antes superou as ditaduras militares, não pode legitimar o governo surgido do golpe. Nossos representantes pregam no parlamento para que o governo brasileiro assuma uma posição mais ativa contra o que está acontecendo em Honduras. A audiência promovida pelos deputados do PSOL viabilizou que Juan Barahona testemunhasse a violência do regime hondurenho na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados em Brasília. Isso foi um primeiro passo concreto de solidariedade internacional no sentido de pressionar o parlamento brasileiro.
O PSOL propõe:
1. Que o Brasil defenda a investigação e apuração dos crimes do Estado hondurenho numa Corte Internacional;
2. Que o Brasil componha uma Comissão internacional e independente de investigação dos crimes do Estado hondurenho e apóie a Comissão da Verdade, proposta pela Frente Nacional de Resistência Popular para apuração dos crimes;
3. Que o Brasil colabore para criar as condições políticas e jurídicas para que Zelaya volte ao país, sem que seja preso e julgado;
4. Que o Brasil legitime e apóie o Plebiscito Popular pela Assembléia Constituinte, organizado pelo povo hondurenho para junho de 2010;
5. Que o Brasil reconheça a ampla força social e política da Frente Nacional de Resistência Popular como ator legítimo e responsável pela retomada da democracia no país.
Viva a resistência do povo hondurenho!
Viva o plebiscito pela Assembléia Constituinte em Honduras!
Partido Socialismo e Liberdade

Da Redação

economia@eband.com.br
Aprovado no início de junho, o Imposto sobre Grandes Fortunas tem potencial de arrecadação de até R$ 3,5 bilhões, segundo cálculos da Receita Federal, conforme publicado na Agência Câmara na última sexta-feira.

A conta foi feita baseada na mudança feita pelo relator da proposta, o deputado João Dado (PDT-SP) à CFT (Comissão de Finanças e Tributação). As alíquotas seriam de 0,3% para patrimônios acima de R$ 2 milhões; 0,7% para fortunas superiores a R$ 10 milhões; e 1% para riquezas de mais de R$ 50 milhões.

O imposto já estava previsto na Constituição de 1988, mas só passou a vigorar quando a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) aprovou o PLP (Projeto de Lei Complementar) da deputada Luciana Genro. Ela fixou o piso das fortunas em R$ 2 milhões.

As alterações ainda não foram votadas. Dado prevê que o Imposto sobre Grandes Fortunas seja deduzido dos tributos que já incidem sobre o patrimônio, como ITR, IPTU, IPVA, além do IR. Mesmo sendo considerada a proposta mais viável, é difícil que seja votada. “Aqui é o capital que manda, foram os donos das grandes fortunas que impediram que a proposta fosse votada”, declarou Dado.

Redação: Helton Gomes -
Segunda-feira, 28 de junho de 2010 - 11h31