Maestro Jorge Antunes
Maestro Jorge Antunes:
"A vida imita a arte. Por isso eu faço música engajada politicamente, em busca da justiça social."
"A vida imita a arte. Por isso eu faço música engajada politicamente, em busca da justiça social."
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
PROMOÇÃO: CDs e livros gratuitos de Jorge Antunes
PROMOÇÃO: CDs e livros gratuitos de Jorge Antunes
RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO E GANHE CDs e LIVROS DE JORGE ANTUNES.
Regras:
1- São listadas 5 (cinco) perguntas e para cada pergunta são oferecidas 5 respostas, das quais apenas uma é correta.
2- Os 10 (dez) primeiros acertadores receberão, gratuitamente, por correio, 1 (um) CD e 1 (um) livro de Jorge Antunes.
3- Cada concorrente deve enviar para o e-mail de Jorge Antunes (antunes@jorgeantunes.com.br) suas respostas acompanhadas dos seguintes dados: nome completo, endereço postal, e-mail, telefone e indicação do livro e do CD que deseja receber gratuitamente.
4- A lista de CDs e livros disponíveis para a premiação é a seguinte:
CDs
CD Jorge Antunes, música eletroacústica: período do pioneirismo.
CD Sinfonia das Diretas.
CD Cantata dos Dez Povos (para quarteto vocal solista, onze declamadores, coro misto, orquestra e sons eletrônicos). Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, Regente Jorge Antunes.
CDs Coletânea de Música Eletroacústica Brasileira. Estojo de luxo com 5 CDs com obras de 33 compositores brasileiros e um livro-encarte de 224 páginas.
CD Poeticus, obras para orquestra de Jorge Antunes: Tartinia MCMLXX para violino e orquestra, Poetica, para orquestra sinfônica, Idiosynchornie, para orquestra de câmara e recursos eletrônicos,
Poetica II, para orquestra de cordas.
CD Música de Câmara I, obras de Jorge Antunes para conjuntos de câmara.
Poetica II, para orquestra de cordas.
CD Música de Câmara II, obras de Jorge Antunes para conjuntos de câmara e sons eletrônicos.
Poetica II, para orquestra de cordas.
LIVROS
UMA POÉTICA MUSICAL BRASILEIRA E REVOLUCIONÁRIA, org. Jorge Antunes (Collection of articles analising compositions by Jorge Antunes . Authors: Flo Menezes, Igor Lintz-Maues, Eduardo Reck Miranda, Anselmo Guerra, Theóphilo Augusto Pinto, Ricardo Tacuchian, Flavio Silva, Martha Herr, John Boudler, Radegundis Feitosa, Rodolfo Coelho de Souza and Edson Zampronha.
JORGE ANTUNES, UMA TRAJETORIA DE ARTE E POLITICA, de Gerson Valle (a study about Jorge Antunes, his life, his work, and the relations between music and politics).
SONS NOVOS PARA O PIANO, A HARPA E O VIOLÃO, de Jorge Antunes. Introduction by Jocy de Oliveira. Ilustrado. Brasília: Sistrum, 2004, 152 p.
SONS NOVOS PARA OS SOPROS E AS CORDAS, de Jorge Antunes. Introduction by Ricardo Tacuchian. Ilustrado. Brasília: Sistrum, 2005, 226 p.
SONS NOVOS PARA A VOZ, de Jorge Antunes. Introduction by Jamil Maluf. Ilustrado. Brasília: Sistrum, 2007, 224 p.
SONS NOVOS PARA A PERCUSSÃO, de Jorge Antunes. Prefácio de Henrique Morelenbaum. Ilustrado. Brasília: Sistrum, 2009, 144 p.
AS CINCO QUESTÕES:
Qual foi a principal obra de Ira Levin?
1- A Caixa de Pandora
2- O Orfeu da Eurides
3- O Bebê de Rosemary
4- As Doze Sinfonias de Beethoven
5- Ensaio de Orquestra
Quem foi o precursor da música eletrônica no Brasil?
1- Arnaldo Antunes
2- Carlos Palombini
3- Antunes Filho
4- Jorge Antunes
5- DJ Mau-Mau
Qual foi o pintor que em 1906, ao assistir a ópera Rienzi, adotou Wagner como seu compositor predileto?
1- Amedeo Modigliani
2- Lasar Segall
3- Winston Churchill
4- Pablo Picasso
5- Adolf Hitler
Qual compositor, em 20 de dezembro de 1968, teve sua aposentadoria decretada por um ditador militar?
1- Karlheinz Stockhausen
2- Wilson Simonal
3- Chico Buarque
4- José Siqueira
5- Guerra Peixe
Qual compositor, em 1968, no Teatro Municipal do Rio, teve cancelada a apresentação de sua obra com versos de Ho Chi Min?
1- Edino Krieger
2- Caetano Velloso
3- Aylton Escobar
4- Geraldo Vandré
5- Gilberto Mendes
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
ENQUETE ENCERRADA
NA ENQUETE VENCEU A OBRA
Music for eight persons playing things
Ouça a composição, na interpretação do Grupo PIAP de São Paulo:
http://www.americasnet.com.br/antunes/audio/Music_for_eight_persons_playings_things.mp3
Music for eight persons playing things
Ouça a composição, na interpretação do Grupo PIAP de São Paulo:
http://www.americasnet.com.br/antunes/audio/Music_for_eight_persons_playings_things.mp3
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
HOMENAGEM AO POVO DO NORDESTE BRASILEIRO
Com muita alegria presto aqui uma homenagem ao povo nordestino
Recentemente foi feita crítica injusta e perversa ao povo brasileiro do Nordeste. Mais uma vez o povo valoroso nordestino foi atacado de modo racista e discriminatório. Em desagravo e em homenagem àqueles brasileiros, coloco no ar gratuitamente a gravação do terceiro movimento de minha SINFONIA EM CINCO MOVIMENTOS intitulado “O Povo Brasileiro Nordestino”.
Ouçam em:
http://www.americasnet.com.br/antunes/audio/O_Povo_Brasileiro_Nordestino.mp3
Em 1999 o Ministério da Cultura do governo brasileiro empreendeu uma ação maravilhosa e raríssima: promoveu a encomenda de obras sinfônicas a compositores brasileiros. A motivação era a efeméride do ano seguinte, 2000, quando seriam celebrados os 500 anos do descobrimento do Brasil. O presidente da República era Fernando Henrique Cardoso e o Ministro da Cultura era Francisco Weffort. Mas isso não significava lucidez do governo. Weffort confessou-me, em 2000, que desconhecia totalmente a existência de compositores brasileiros de música erudita. Por trás das ações do Ministério estava alguém de vasta cultura musical e visão admirável da cultura brasileira: o embaixador Wladimir Murtinho, que assessorava o Ministro à época.
O Ministério queria escolher cinco compositores para que fossem compostas cinco obras sinfônicas homenageando o Descobrimento do Brasil. Para tanto foi nomeada uma comissão de regentes de orquestra com a incumbência de serem escolhidos os cinco compositores. A comissão de maestros foi assim constituída: Isaac Karabtchevsky, Silvio Barbato, Norton Morozowics, Osman Gioia, Diogo Pacheco, Benito Juarez e Tiago Flores. Essa comissão escolheu os seguintes compositores: Edino Krieger, Jorge Antunes, Egberto Gismonti, Almeida Prado e Ronaldo Miranda.
Quando recebi a notícia, fiquei feliz e preocupadíssimo, pois eu não via motivos para comemorar o chamado “descobrimento do Brasil”. Sempre achei que o Brasil não foi descoberto. Foi, sim, invadido. Entendo que o Brasil foi encoberto. A truculência dos invasores colonizadores encobriu e enterrou as culturas autóctones.
Para contornar meu conflito interno, resolvi escrever uma obra homenageando o povo brasileiro. Assim, compus uma Sinfonia dividida em cinco movimentos: 1- O Povo Brasileiro Índio; 2- O Povo Brasileiro Negro; 3- O Povo Brasileiro Nordestino; 4- O Povo Brasileiro em Fim de Milênio; 5- Utopia para o Povo Brasileiro.
O terceiro movimento, cujo link aqui eu indico, utiliza um tema de baião que esporadicamente é interrompido por ataques orquestrais de massas sonoras quase extemporâneas. A abertura e a coda do movimento fazem uso de sons eletrônicos, mesclados aos sons da orquestra, que nos reportam a um carro de boi: aquele mesmo do filme Vidas Secas de Nelson Pereira dos Santos.
A gravação foi feita pela Orquestra do Teatro Nacional de Brasília, sob a regência de Silvio Barbato:
http://www.americasnet.com.br/antunes/audio/O_Povo_Brasileiro_Nordestino.mp3
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
DOIS NOVOS CDs DE JORGE ANTUNES
Música de Câmara I
e
Música de Câmara II
obras de Jorge Antunes
A editora Sistrum, de Brasília, publica, com o apoio da Petrobras, dois CDs com uma seleção importante da produção camerística do compositor Jorge Antunes.
No primeiro volume, intitulado Música de Câmara I, se destacam algumas das obras escritas entre 1970 e 2005, para instrumentos solistas, trio, quartetos e conjunto camerístico. Trata-se de importante compilação, como uma amostragem da produção do compositor que é mais conhecido do público por seu pioneirismo eletrônico.
As obras incluídas são:
Inutilemfa, para trombone e ressonâncias de piano;
Dramatic polimaniquexixe ou Quinto Movimento para uma Suíte Implacavelmente Longa e Erótica, para clarinete, violoncelo e piano;
Bartokollagia MCMLXX, para quarteto de cordas;
Klarinettenquintett (Quintetto KarlOs), para clarinete e quarteto de cordas;
Amerika 500, para conjunto de câmara.
Os intérpretes formam uma plêiade internacional:
Paulo Lacerda, trombone;
Hideo Kikuchi, clarineta;
Kaori Osuga, piano;
Tomoki Tai, violoncelo;
Karl Schlechta, clarinete;
Quarteto de Brasília;
Leonardo Quartet
Ensemble WNC-Köln.
No segundo volume, Música de Câmara II, se destacam algumas das obras escritas entre 1967 e 2005, em que instrumentos tradicionais se juntam a sons eletrônicos ao vivo, para um diálogo colorístico e expressivo entre dois mundos sonoros.
As obras incluídas são:
Insubstituível 2ª, para violoncelo e sons eletrônicos;
Mixolydia, para teremim e sons eletrônicos;
Miró Escuchó Miró, para piano e sons eletrônicos;
Toccata irisée, para percussão e sons eletrônicos;
Invocação em defesa da máquina, para 4 percussionistas, metrônomos e sons eletrônicos;
Music for eight persons playing things, para oito pessoas tocando coisas.
A lista de intérpretes é bem expressiva:
Guerra Vicente, violoncelo;
Lydia Kavina, teremim;
Mariuga Lisbôa Antunes, piano;
Thierry Miroglio, percussão;
Grupo PIAP-Grupo de Percussão do Instituto de Artes da UNESP, direção de John Boudler.
Pedidos para:
Editora Sistrum
sistrum@sistrum.com.br
domingo, 31 de outubro de 2010
Com Washington não fala fino, ao Paraguai não fala grosso
Com Washington não fala fino,
ao Paraguai não fala grosso.
Ele é muito ladino, seu moço.
Ladino e insosso na vilania.
Amanhã, vai ser outro dia,
amanhã vai ser outro dia,
amanhã vai ser outro dia.
A campanha teve o fomento
de muito dinheiro impuro.
Quando chegar o momento
vão cobrar com juros. Juro!
Um ladrão, em investimento,
fica pensando no futuro:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
A Gerdau de modo nojento
vem com aviso prematuro:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
Um outro rico fraudulento
dá seu apoio obscuro.
Quando chegar o momento
vai cobrar com juros. Juro!
Vem sempre com forte argumento
o Banco Safra, imaturo:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
O empresário-financiamento
convenceu o politburo:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
Olavo Setubal, sedento,
quer ver o Itaú bem seguro:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
A Odebrecht de modo isento
deu ao grande jornal o furo:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
O Ermírio, cheio de talento,
não quer Votorantim no escuro:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
Outra fábrica de cimento
já tem um know-how bem maduro.
Quando chegar o momento
vai cobrar com juros. Juro!
A empreiteira deu dez por cento,
mas ficou em cima do muro.
Quando chegar o momento
vai cobrar com juros. Juro!
Banqueiro em enriquecimento
depois vai fazer jogo duro.
Quando chegar o momento
vai cobrar com juros. Juro!
Com Washington não fala fino,
ao Paraguai não fala grosso.
Mas este povo, em seu destino,
segue rumo ao fundo do poço.
ao Paraguai não fala grosso.
Ele é muito ladino, seu moço.
Ladino e insosso na vilania.
Amanhã, vai ser outro dia,
amanhã vai ser outro dia,
amanhã vai ser outro dia.
A campanha teve o fomento
de muito dinheiro impuro.
Quando chegar o momento
vão cobrar com juros. Juro!
Um ladrão, em investimento,
fica pensando no futuro:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
A Gerdau de modo nojento
vem com aviso prematuro:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
Um outro rico fraudulento
dá seu apoio obscuro.
Quando chegar o momento
vai cobrar com juros. Juro!
Vem sempre com forte argumento
o Banco Safra, imaturo:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
O empresário-financiamento
convenceu o politburo:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
Olavo Setubal, sedento,
quer ver o Itaú bem seguro:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
A Odebrecht de modo isento
deu ao grande jornal o furo:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
O Ermírio, cheio de talento,
não quer Votorantim no escuro:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
Outra fábrica de cimento
já tem um know-how bem maduro.
Quando chegar o momento
vai cobrar com juros. Juro!
A empreiteira deu dez por cento,
mas ficou em cima do muro.
Quando chegar o momento
vai cobrar com juros. Juro!
Banqueiro em enriquecimento
depois vai fazer jogo duro.
Quando chegar o momento
vai cobrar com juros. Juro!
Com Washington não fala fino,
ao Paraguai não fala grosso.
Mas este povo, em seu destino,
segue rumo ao fundo do poço.
domingo, 24 de outubro de 2010
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
A Cultura, o IBGE e o MinC
Jorge Antunes
maestro, compositor, professor titular da UnB
Quando o IBGE inventou nova metodologia para cálculo do PIB, lembrei-me do diferencial delta da Proconsult, que dava a derrota a Brizola nas eleições para governador do Rio em 1982. Presenciamos, recentemente, a abertura do espetáculo do crescimento brasileiro: da noite para o dia pulamos um ponto acima na classificação mundial da economia.
Já há algum tempo o IBGE vem aplicando passes de mágica em seus cálculos. O Ministério da Cultura tem feito uso de dados esdrúxulos do IBGE para implementação de sua política cultural nefasta. A análise das políticas culturais do MinC torna evidente seu objetivo: ampliação dos mercados com vistas à auto-sustentabilidade da prática cultural, para que o Estado abandone de vez o cumprimento ao preceito constitucional de apoio à Cultura.
Só podem ser auto-sustentáveis as práticas culturais de massa em que a cadeia produtiva se sucede num infindável círculo vicioso de exploração capitalista, com o império da mediocridade. A ignorância e a ingenuidade atraem o capital estrangeiro. É isso que interessa ao governo Lula. Assim, é preciso que se extingam as orquestras sinfônicas, que não se combata o turismo sexual, que se acabem as temporadas de ópera e que se precarize o ensino superior gratuito.
Essa opção política é danosa para a diversificada cultura brasileira, porque os eventos artísticos de pequeno público são exatamente aqueles cujas inovacões estéticas são os alicerces da arte do futuro. A história mostra que obras de arte de pequeno público, feitas por artistas inovadores, tornaram-se rentáveis algumas décadas depois. A Villa-Lobos não bastaria o talento: foi preciso o apoio do governo estadonovista para que, hoje, sua obra pudesse vir a ser a que mais arrecada direitos autorais para o Brasil.
Para abalizar sua política, o MinC impõe nova palavra de ordem nos círculos de artistas: a economia da cultura. Na medida em que são escassos os grupos de artistas organizados, o Minc organiza-os, induzindo e apoiando a montagem de feiras, fóruns e câmaras setoriais onde, impositivamente, o tema é discutido.
Para vender seu peixe, o MinC se apoia em dados do IBGE dizendo que a cultura é o quarto item de consumo das famílias brasileiras e que as atividades culturais já movimentam 7,9% da receita líquida do país.
Quem se debruça nos documentos do IBGE e, em especial, no Sistema de Informações de Indicadores Culturais, se dá conta da grande farsa procosultiana que vem sendo montada para que, definitivamente, se mediocrize a cultura brasileira.
Segundo a mencionada pesquisa do IBGE "as famílias brasileiras gastam em média com cultura R$ 115,50 por mês, dos quais R$ 50,97 com telefonia, seguida pela aquisição de eletrodomésticos ligados à área cultural (R$ 17,25) e atividades de cultura, lazer e festas (R$ 13,82)".
O grande estelionato estatístico se revela ao estudarmos a metodologia do IBGE no trato do fenômeno cultural. As atividades econômicas direta e indiretamente relacionadas à cultura deveriam ser aquelas ligadas aos costumes, ao lazer e às artes. Assim, os itens deveriam estar ligados ao livro, ao rádio, ao vestuário, à televisão, ao teatro, à música, às artes visuais, ao espetáculo, às bibliotecas, aos arquivos, aos museus, ao patrimônio histórico, etc.
Os quadros do IBGE bem esclarecem as razões de tão surpreendentes conclusões. O telefone está lá presente, como item decisivo da economia da cultura. Só agora compreendo porque é difícil implantar-se a proibição de telefones celulares nos presídios. Isso certamente prejudicaria a economia da cultura.
Nas tabelas do IBGE existem outros itens estranhos, relacionados como atividades do setor cultural: computadores, telefones, artefatos para caça, reparação e aluguel de veículos automotores, pesquisa de ciências físicas e supervisão de joalheria.
Para a pesquisa de orçamentos familiares, o IBGE considerou itens também curiosíssimos: datilografia, casamento, aluguel de cadeira de praia, curso de primeiros socorros, cópia xerox, taxa de instalação de interfone e curso de mecânica em refrigeração.
Estranhei a ausência de um item importante para a economia da cultura: a fabricação de vidro para janelas de automóveis. Somos inúmeros os cidadãos brasileiros que usamos a janela de vidro do carro para nos protegermos dos ataques sonoro-culturais de motoristas. Eu, pelo menos, aciono imediatamente o vidro de meu carro quando, ao lado, outro carro toca um som funkiano em último volume.
maestro, compositor, professor titular da UnB
Quando o IBGE inventou nova metodologia para cálculo do PIB, lembrei-me do diferencial delta da Proconsult, que dava a derrota a Brizola nas eleições para governador do Rio em 1982. Presenciamos, recentemente, a abertura do espetáculo do crescimento brasileiro: da noite para o dia pulamos um ponto acima na classificação mundial da economia.
Já há algum tempo o IBGE vem aplicando passes de mágica em seus cálculos. O Ministério da Cultura tem feito uso de dados esdrúxulos do IBGE para implementação de sua política cultural nefasta. A análise das políticas culturais do MinC torna evidente seu objetivo: ampliação dos mercados com vistas à auto-sustentabilidade da prática cultural, para que o Estado abandone de vez o cumprimento ao preceito constitucional de apoio à Cultura.
Só podem ser auto-sustentáveis as práticas culturais de massa em que a cadeia produtiva se sucede num infindável círculo vicioso de exploração capitalista, com o império da mediocridade. A ignorância e a ingenuidade atraem o capital estrangeiro. É isso que interessa ao governo Lula. Assim, é preciso que se extingam as orquestras sinfônicas, que não se combata o turismo sexual, que se acabem as temporadas de ópera e que se precarize o ensino superior gratuito.
Essa opção política é danosa para a diversificada cultura brasileira, porque os eventos artísticos de pequeno público são exatamente aqueles cujas inovacões estéticas são os alicerces da arte do futuro. A história mostra que obras de arte de pequeno público, feitas por artistas inovadores, tornaram-se rentáveis algumas décadas depois. A Villa-Lobos não bastaria o talento: foi preciso o apoio do governo estadonovista para que, hoje, sua obra pudesse vir a ser a que mais arrecada direitos autorais para o Brasil.
Para abalizar sua política, o MinC impõe nova palavra de ordem nos círculos de artistas: a economia da cultura. Na medida em que são escassos os grupos de artistas organizados, o Minc organiza-os, induzindo e apoiando a montagem de feiras, fóruns e câmaras setoriais onde, impositivamente, o tema é discutido.
Para vender seu peixe, o MinC se apoia em dados do IBGE dizendo que a cultura é o quarto item de consumo das famílias brasileiras e que as atividades culturais já movimentam 7,9% da receita líquida do país.
Quem se debruça nos documentos do IBGE e, em especial, no Sistema de Informações de Indicadores Culturais, se dá conta da grande farsa procosultiana que vem sendo montada para que, definitivamente, se mediocrize a cultura brasileira.
Segundo a mencionada pesquisa do IBGE "as famílias brasileiras gastam em média com cultura R$ 115,50 por mês, dos quais R$ 50,97 com telefonia, seguida pela aquisição de eletrodomésticos ligados à área cultural (R$ 17,25) e atividades de cultura, lazer e festas (R$ 13,82)".
O grande estelionato estatístico se revela ao estudarmos a metodologia do IBGE no trato do fenômeno cultural. As atividades econômicas direta e indiretamente relacionadas à cultura deveriam ser aquelas ligadas aos costumes, ao lazer e às artes. Assim, os itens deveriam estar ligados ao livro, ao rádio, ao vestuário, à televisão, ao teatro, à música, às artes visuais, ao espetáculo, às bibliotecas, aos arquivos, aos museus, ao patrimônio histórico, etc.
Os quadros do IBGE bem esclarecem as razões de tão surpreendentes conclusões. O telefone está lá presente, como item decisivo da economia da cultura. Só agora compreendo porque é difícil implantar-se a proibição de telefones celulares nos presídios. Isso certamente prejudicaria a economia da cultura.
Nas tabelas do IBGE existem outros itens estranhos, relacionados como atividades do setor cultural: computadores, telefones, artefatos para caça, reparação e aluguel de veículos automotores, pesquisa de ciências físicas e supervisão de joalheria.
Para a pesquisa de orçamentos familiares, o IBGE considerou itens também curiosíssimos: datilografia, casamento, aluguel de cadeira de praia, curso de primeiros socorros, cópia xerox, taxa de instalação de interfone e curso de mecânica em refrigeração.
Estranhei a ausência de um item importante para a economia da cultura: a fabricação de vidro para janelas de automóveis. Somos inúmeros os cidadãos brasileiros que usamos a janela de vidro do carro para nos protegermos dos ataques sonoro-culturais de motoristas. Eu, pelo menos, aciono imediatamente o vidro de meu carro quando, ao lado, outro carro toca um som funkiano em último volume.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
LUTEMOS
desmatamento zero
imposto sobre grandes fortunas
4% do orçamento da União para a Cultura
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
VAI AO AR PROGRAMA COM ARTISTAS APOIANDO “SENADOR-BOMBA”
Ha sexta-feita, dia 27, as emissoras de TV do Distrito Federal veicularam programa eleitoral especial do maestro Jorge Antunes. O músico é candidato ao Senado pelo PSOL, com o número 500. O programa tem a participação de artistas do DF, em ação performática.
Do programa participam Renato Matos, Janette Dornellas, Carlos Elias, Aldo Justo, Jorge Marino, Victor Alegria, Airan de Souza, Bohumil Med, Mariuga Lisbôa, Gougon, Jorge Rei Momo, Joãozinho da Vila, Silvia Franco, Liloye Boublie, Raimundo Nilton, Timm Martins, Bob Py, Hugo Lemos, Lincoln de Andrade, Ioleth Porto, Jorge Lisbôa, Daniela Aguiar, Grupo Le Roi Danse e outros artistas.
A cineasta Liloye Boublie dirigiu as cenas e Renato Matos, com a parceria dos outros músicos, improvisou um jingle. Os violinos de Raimundo Nilton e Renata Tavares se juntaram ao violão de Aldo Justo e ao clarone de Fernando Machado para harmonizarem o coro improvisado.
Um dos principais projetos de Antunes é a criação do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis, para tirar crianças das ruas e oferecer educação de qualidade às novas gerações. Duas propostas são polêmicas. Uma é o “direito de deseleger”, com a criação do plebiscito revogatório, por meio do qual o povo pode cassar o mandato de um mandatário inepto e/ou corrupto. Outra é a extinção do Senado Federal. Jorge Antunes diz querer ser um “senador-bomba”, para implodir o Senado. Ele defende a criação de um Congresso Unicameral.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Jorge Antunes, Senador 500: no Rádio e na TV, fala do problema da Saúde no DF
O Maestro Jorge Antunes começou a aparecer no Rádio e na TV, difundindo suas ideias, suas contestações, suas denúncias e suas propostas de luta no SENADO.
Eis a fala de Jorge Antunes que está indo ao ar hoje, quarta-feira, dia 25 de agosto:
No dia 5 de julho vivi na carne o drama de nosso povo. Hospitalizado, tive que dormir num banco do Hospital de Base. Os profissionais eram competentes. Mas faltou decência na internação. Vamos acabar com a patifaria: remédios nos postos, dignidade nos hospitais.
Ouça e assista:
RÁDIO:
às 07h35 e às 12h35
TV:
às 13h35 e às 21h05
PROPOSTAS DE LUTA DE JORGE ANTUNES, Senador:
* Reestruturação total do transporte público no DF, com alta quantidade e qualidade, e integração ônibus-metrô;
* Criação do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis;
* Universalização do ensino público em tempo integral, três refeições na escola, qualidade, construção de novas escolas, salários dignos para os professores;
* Garantia de eficiência da Saúde Pública no DF, com reformas profundas e ampliação dos hospitais públicos e postos de saúde;
* Verbas públicas para enriquecimento dos acervos da Biblioteca Nacional de Brasília (Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola) e o Museu Nacional de Brasília (Museu Nacional Honestino Guimarães);
* Creches gratuitas no DF com alta qualidade e especialistas pediátricos e nutricionistas;
* Apoio efetivo à democratização cultural e à criação e difusão artística;
* 3% do orçamento da União para a Cultura;
* Apresentação de PEC do "direito de deseleger": plebiscito revogatório em que o povo retira o mandato de políticos ineptos e/ou corruptos;
* Verbas públicas para a expansão da UnB, com eficiência, qualidade nos espaços físicos e infra-estrutura;
* Autonomia plena para as Universidades públicas e gratuitas;
* Verbas públicas para a expansão da Escola de Música de Brasília para as Cidades Satélites, com ensino público e gratuito;
* Educação Musical nas escolas, com regulamentação, professores com formação específica, infra-estrutura, equipamentos, instrumentos, para criação de coros, orfeões, bandas de música, grupos musicais.
* Verbas públicas para as orquestras e grupos, condicionadas a percentagem mínima de 30% de música brasileira na programação, com instituição da figura do "compositor residente";
* Microcrédito bancário para músicos comprarem equipamentos e instrumentos musicais;
* Apoio integral, com vantagens fiscais, para todos os profissionais da cadeia produtiva da música: estúdios de ensaio e gravação, escolas de música, bares, restaurantes, teatros e auditórios, camelôs, lojas de música, livrarias, locadoras de vídeo, cinemas, etc..
Eis a fala de Jorge Antunes que está indo ao ar hoje, quarta-feira, dia 25 de agosto:
No dia 5 de julho vivi na carne o drama de nosso povo. Hospitalizado, tive que dormir num banco do Hospital de Base. Os profissionais eram competentes. Mas faltou decência na internação. Vamos acabar com a patifaria: remédios nos postos, dignidade nos hospitais.
Ouça e assista:
RÁDIO:
às 07h35 e às 12h35
TV:
às 13h35 e às 21h05
PROPOSTAS DE LUTA DE JORGE ANTUNES, Senador:
* Reestruturação total do transporte público no DF, com alta quantidade e qualidade, e integração ônibus-metrô;
* Criação do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis;
* Universalização do ensino público em tempo integral, três refeições na escola, qualidade, construção de novas escolas, salários dignos para os professores;
* Garantia de eficiência da Saúde Pública no DF, com reformas profundas e ampliação dos hospitais públicos e postos de saúde;
* Verbas públicas para enriquecimento dos acervos da Biblioteca Nacional de Brasília (Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola) e o Museu Nacional de Brasília (Museu Nacional Honestino Guimarães);
* Creches gratuitas no DF com alta qualidade e especialistas pediátricos e nutricionistas;
* Apoio efetivo à democratização cultural e à criação e difusão artística;
* 3% do orçamento da União para a Cultura;
* Apresentação de PEC do "direito de deseleger": plebiscito revogatório em que o povo retira o mandato de políticos ineptos e/ou corruptos;
* Verbas públicas para a expansão da UnB, com eficiência, qualidade nos espaços físicos e infra-estrutura;
* Autonomia plena para as Universidades públicas e gratuitas;
* Verbas públicas para a expansão da Escola de Música de Brasília para as Cidades Satélites, com ensino público e gratuito;
* Educação Musical nas escolas, com regulamentação, professores com formação específica, infra-estrutura, equipamentos, instrumentos, para criação de coros, orfeões, bandas de música, grupos musicais.
* Verbas públicas para as orquestras e grupos, condicionadas a percentagem mínima de 30% de música brasileira na programação, com instituição da figura do "compositor residente";
* Microcrédito bancário para músicos comprarem equipamentos e instrumentos musicais;
* Apoio integral, com vantagens fiscais, para todos os profissionais da cadeia produtiva da música: estúdios de ensaio e gravação, escolas de música, bares, restaurantes, teatros e auditórios, camelôs, lojas de música, livrarias, locadoras de vídeo, cinemas, etc..
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Antunes, Senador 500, hoje fala do Sistema de Orquestras Juvenis
O Maestro Jorge Antunes começou a aparecer no Rádio e na TV, difundindo suas ideias, suas contestações, suas denúncias e suas propostas de luta no SENADO.
Eis a fala de Jorge Antunes que está indo ao ar hoje, segunda-feira, dia 23 de agosto:
É de pequenino que se torce o pepino.
A omissão do Estado está entortando nossos jovens para o crack e para o crime. Criaremos o SISTEMA NACIONAL DE ORQUESTRAS JUVENIS. Nem todos serão músicos profissionais. No futuro teremos profissionais liberais mais sensíveis e mais humanos.
Ouça e assista:
Segundas, quartas e sextas:
RÁDIO:
entre 07h35 e 07h50
entre 12h35 e 12h50
TV:
entre 13h35 e 13h50
entre 21h05 e 21h20
PROPOSTAS DE LUTA DE JORGE ANTUNES, Senador:
* Reestruturação total do transporte público no DF, com alta quantidade e qualidade, e integração ônibus-metrô;
* Criação do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis;
* Universalização do ensino público em tempo integral, três refeições na escola, qualidade, construção de novas escolas, salários dignos para os professores;
* Garantia de eficiência da Saúde Pública no DF, com reformas profundas e ampliação dos hospitais públicos e postos de saúde;
* Verbas públicas para enriquecimento dos acervos da Biblioteca Nacional de Brasília (Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola) e o Museu Nacional de Brasília (Museu Nacional Honestino Guimarães);
* Creches gratuitas no DF com alta qualidade e especialistas pediátricos e nutricionistas;
* Apoio efetivo à democratização cultural e à criação e difusão artística;
* 3% do orçamento da União para a Cultura;
* Apresentação de PEC do "direito de deseleger": plebiscito revogatório em que o povo retira o mandato de políticos ineptos e/ou corruptos;
* Verbas públicas para a expansão da UnB, com eficiência, qualidade nos espaços físicos e infra-estrutura;
* Autonomia plena para as Universidades públicas e gratuitas;
* Verbas públicas para a expansão da Escola de Música de Brasília para as Cidades Satélites, com ensino público e gratuito;
* Educação Musical nas escolas, com regulamentação, professores com formação específica, infra-estrutura, equipamentos, instrumentos, para criação de coros, orfeões, bandas de música, grupos musicais.
* Verbas públicas para as orquestras e grupos, condicionadas a percentagem mínima de 30% de música brasileira na programação, com instituição da figura do "compositor residente";
* Microcrédito bancário para músicos comprarem equipamentos e instrumentos musicais;
* Apoio integral, com vantagens fiscais, para todos os profissionais da cadeia produtiva da música: estúdios de ensaio e gravação, escolas de música, bares, restaurantes, teatros e auditórios, camelôs, lojas de música, livrarias, locadoras de vídeo, cinemas, etc..
Eis a fala de Jorge Antunes que está indo ao ar hoje, segunda-feira, dia 23 de agosto:
É de pequenino que se torce o pepino.
A omissão do Estado está entortando nossos jovens para o crack e para o crime. Criaremos o SISTEMA NACIONAL DE ORQUESTRAS JUVENIS. Nem todos serão músicos profissionais. No futuro teremos profissionais liberais mais sensíveis e mais humanos.
Ouça e assista:
Segundas, quartas e sextas:
RÁDIO:
entre 07h35 e 07h50
entre 12h35 e 12h50
TV:
entre 13h35 e 13h50
entre 21h05 e 21h20
PROPOSTAS DE LUTA DE JORGE ANTUNES, Senador:
* Reestruturação total do transporte público no DF, com alta quantidade e qualidade, e integração ônibus-metrô;
* Criação do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis;
* Universalização do ensino público em tempo integral, três refeições na escola, qualidade, construção de novas escolas, salários dignos para os professores;
* Garantia de eficiência da Saúde Pública no DF, com reformas profundas e ampliação dos hospitais públicos e postos de saúde;
* Verbas públicas para enriquecimento dos acervos da Biblioteca Nacional de Brasília (Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola) e o Museu Nacional de Brasília (Museu Nacional Honestino Guimarães);
* Creches gratuitas no DF com alta qualidade e especialistas pediátricos e nutricionistas;
* Apoio efetivo à democratização cultural e à criação e difusão artística;
* 3% do orçamento da União para a Cultura;
* Apresentação de PEC do "direito de deseleger": plebiscito revogatório em que o povo retira o mandato de políticos ineptos e/ou corruptos;
* Verbas públicas para a expansão da UnB, com eficiência, qualidade nos espaços físicos e infra-estrutura;
* Autonomia plena para as Universidades públicas e gratuitas;
* Verbas públicas para a expansão da Escola de Música de Brasília para as Cidades Satélites, com ensino público e gratuito;
* Educação Musical nas escolas, com regulamentação, professores com formação específica, infra-estrutura, equipamentos, instrumentos, para criação de coros, orfeões, bandas de música, grupos musicais.
* Verbas públicas para as orquestras e grupos, condicionadas a percentagem mínima de 30% de música brasileira na programação, com instituição da figura do "compositor residente";
* Microcrédito bancário para músicos comprarem equipamentos e instrumentos musicais;
* Apoio integral, com vantagens fiscais, para todos os profissionais da cadeia produtiva da música: estúdios de ensaio e gravação, escolas de música, bares, restaurantes, teatros e auditórios, camelôs, lojas de música, livrarias, locadoras de vídeo, cinemas, etc..
sábado, 21 de agosto de 2010
ARTISTAS EM FILME COM JORGE ANTUNES
Mais de 30 artistas voluntários se reuniram na manhã deste sábado, dia 21, para participarem da filmagem de programa eleitoral do Maestro Jorge Antunes, candidato ao Senado pelo PSOL-DF.
Renato Matos, Janette Dornellas, Carlos Elias, Aldo Justo, Jorge Marino, Victor Alegria, Bohumil Med, Gougon, Jorge Rei Momo, Liloye Boublie, Raimundo Nilton, Timm Martins, Bob Py, Hugo Lemos, Lincoln de Andrade, Ioleth Porto, Jorge Lisbôa, Grupo Le Roi Danse, e tantos outros representantes do cinema, das músicas popular e erudita, maestros, escritores, dançarinos, editores, prestigiaram a gravação para programa que terá duração de 40 segundos.
A cineasta Liloye Boublie dirigiu as cenas usando, como cenários, o céu de Brasília e a pirâmide do Teatro Nacional.
Renato Matos e outros compositores presentes improvisaram na hora e criaram coletivamente um jingle com o seguinte refrão:
Chega de políticos impunes; pra senador vamos votar em Jorge Antunes.
Os violinos de Raimundo Nilton e Renata Tavares se juntaram ao violão de Aldo Justo e ao clarone de Fernando Machado para harmonizarem o coro improvisado.
Renato Matos, Janette Dornellas, Carlos Elias, Aldo Justo, Jorge Marino, Victor Alegria, Bohumil Med, Gougon, Jorge Rei Momo, Liloye Boublie, Raimundo Nilton, Timm Martins, Bob Py, Hugo Lemos, Lincoln de Andrade, Ioleth Porto, Jorge Lisbôa, Grupo Le Roi Danse, e tantos outros representantes do cinema, das músicas popular e erudita, maestros, escritores, dançarinos, editores, prestigiaram a gravação para programa que terá duração de 40 segundos.
A cineasta Liloye Boublie dirigiu as cenas usando, como cenários, o céu de Brasília e a pirâmide do Teatro Nacional.
Renato Matos e outros compositores presentes improvisaram na hora e criaram coletivamente um jingle com o seguinte refrão:
Chega de políticos impunes; pra senador vamos votar em Jorge Antunes.
Os violinos de Raimundo Nilton e Renata Tavares se juntaram ao violão de Aldo Justo e ao clarone de Fernando Machado para harmonizarem o coro improvisado.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Jorge Antunes na UnB
Jorge Antunes esteve ontem na UnB junto com companheiros do PSOL. Veja algumas fotos, com estudantes, Edleuzo, Wellington Rodrigues, Maria Lucia Leal, a Baiana, Hildebrando, Maninha e Toninho do PSOL.
sábado, 14 de agosto de 2010
Jorge Antunes no T-Bone
O Maestro Jorge Antunes ministrou uma minipalestra, na quinta-feira dia 12, no evento que marcou o lançamento do livro de José Garcia Caianno: o romance "Todos são bons mas meu casaco sumiu".
Com um show de ética, Jorge Antunes apresentou-se como simples artista e conferencista, abstraindo totalmente sua condição de candidato ao Senado. O público respeitoso, e também ético, assistiu com enorme interesse a palestra que teve como título ESPAÇO URBANO E ARTE ENGAJADA.
A abordagem principal do tema foi dedicada à experiência de 1984, quando o compositor apresentou a SINFONIA DAS BUZINAS.
Detalhes da minipalestra podem ser acessados no link:
http://www.americasnet.com.br/antunes/sinfonia-das-diretas/
Nesse link pode ser ouvida a SINFONIA em mp3. Junto estão detalhes da obra musical e também fotos da apresentação.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Jorge Antunes hoje no T-Bone
Jorge Antunes estará hoje no Espaço Cultural T-Bone. Ministrará uma minipalestra de 22 minutos, intitulada: "Espaço Urbano e Arte Engajada". Dentre os assuntos, falará sobre a Sinfonia das Buzinas, de 1984.
Dedé estará lançando livro e haverá show de Célia Porto.
Local: Comercial da 312 Norte, Asa Norte, Brasília.
Hora: 19 horas
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Entrevista de Jorge Antunes à CBN
Comente a entrevista dada pelo nosso candidato ao Senado Federal Jorge Antunes à CBN: http://wellingtonrodriguesdf.blogspot.com/2010/08/entrevista-com-jorge-freitas-antunes.html
Jorge Antunes na Galeria dos Estados
Jorge Antunes 500, candidato ao Senado pelo PSOL 50, esteve esta manhã na Galeria dos Estados com o candidato a governador Toninho e candidatos do PSOL, a Federal Wellington Rodrigues e Distrital Maninha e Rafael Madeira.
Encontrou lideranças culturais de Brasília, como Paulão, do grupo Pacotão e a dona da Livraria e Cyber Café Belgani.
As conversas mostraram que artistas e intelectuais estão muito vivos e atentos às eleições de 3 de outubro e à verdadeira luta pela emancipação popular.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Ao lado da Venezuela no conflito com a Colômbia
Por Pedro Fuentes
1.
Novamente o Estado comandado pelo governo de Uribe montou uma provocação contra a República Bolivariana da Venezuela, apresentando na ONU uma suposta relação direta de apoio às FARC por parte do presidente Chávez e mostrando que a guerrilha teria bases em território venezuelano.
A denúncia, baseada em mentiras de todo tipo, é simples: pretender demonstrar que a República Bolivariana está vinculada ao “narco terrorismo”, um qualificativo que segue os cânones ditados pelos EUA na época de Bush, mas que não foi rechaçado e sim, ao contrário, reafirmado sob o governo Obama. Trata-se de uma falsa acusação, que tem objetivo de justificar e preparar uma ofensiva militar desde a Colômbia, usando os mesmos motivos que usam os EUA para invadir militarmente (há mais de 8 anos) o Afeganistão.
2.
Trata-se de uma política sistemática orquestrada entre Uribe e EUA, e que vai continuar aplicando seu continuador, Juan Manuel Santos. É preciso descartar as especulações de uma possível mudança com o novo governo da Colômbia, diferente do que faz o governo brasileiro. Juan Manuel Santos foi chefe das forças armadas de Uribe e comandou a invasão ao Equador. Esse chefe militar convertido em presidente é a continuação do governo Uribe e de sua política. Há pequenas diferenças residuais entre um e outro. Mas no essencial, é o mesmo regime, com o mesmo exército, que se formou através da repressão sistemática à resistência popular.
O novo governo teve resultados eleitorais favoráveis porque um importante setor da população não vê outra saída para pôr fim à violência que há tempos impera, e o discurso de Juan Manuel Santos apelou eleitoreiramente no sentido da pacificação do país. Mas isso esse apelo eleitoreiro é insuficiente para negarmos que o regime colombiano se baseia no terrorismo de Estado, num exército pronto para a “ação contra-insurgente”, que já massacrou milhares de civis. Agora esse regime violento unifica as forças armadas para a sustentação direta dos EUA, mediante sete bases militares instaladas no país. Não se trata de uma análise panfletária. Nos últimos dias, foi descoberta uma fossa comum com centenas de cadáveres na fronteira com a Venezuela, no povoado de Macarena. Essa fossa secreta possui pelo menos 2 mil cadáveres, e é a maior fossa comum encontrada em todo continente.
Violência paramilitar: fossa comum encontrada na Colômbia, perto da fronteira com Venezuela
Foram executados ou pelo exército colombiano ou por paramilitares amparados pelo governo. Este fato sinistro, que faz lembrar as práticas do fascismo, mostra a verdadeira face do Estado colombiano. Um Estado que orquestrou a execução de mais de 3 mil lutadores democráticos e sindicalistas nos últimos 5 anos.
Trata-se de um Estado que pratica a violência sistemática, respaldado e assessorado militarmente pelos EUA. Este Estado, que utiliza o pretexto da convivência das FARC com o narcotráfico para cometer barbaridades, e que classificou as FARC como organização terrorista, tem também vínculos diretos com o narcotráfico que domina o país. Os parentes de Uribe fazem parte do cartel Cali, que substituiu o cartel de Medelín, do conhecido traficante Escobar. O governo Juan Manuel Santos não pode dar marcha ré, não pode desmontar estas instituições estatais e paraestatais, porque isso seria suicidar-se.
Mas ainda que o governo de Santos seja uma continuidade do governo Uribe, há algumas diferenças que é preciso assinalar, para entender a dinâmica dos acontecimentos. Segundo a escritora colombiana Laura Restrepo, “Santos não era a opção eleitoral de Uribe, e sim o chamado ‘Uribito’, um clone que acabou afundando, apesar dos esforços da presidência para promovê-lo”. Ela conta que Uribe e Santos fizeram uma aliança estratégica há 8 anos, e por isso os meios de comunicação de massa de propriedade de Santos (entre eles o ‘El Tiempo’) apoiaram o projeto narco-militar de Uribe. Em troca, Uribe entregou postos chave de poder para Santos e sua família, incluindo a vice presidência e o Ministério da Defesa. Além disso, Uribe favoreceu o grupo de Santos, concedendo a ele mais um canal de televisão. Através da família de Santos e da aliança midiática entre ‘El Tiempo’ e ‘Planeta’, Uribe ficou conectado à rede internacional de direita promovida por Aznar, na Espanha e na América Latina. Há, porém, uma rivalidade entre os dois setores da classe dominante que foi exposta quando Uribe demonstrou desgosto com o protagonismo de Santos no caso do resgate de Ingrid Betancur. Na Colômbia, as classes dominantes estão totalmente integradas ao narcotráfico. Durante um tempo, Pablo Escobar encarnou a máfia plebéia, mas foi eliminado e substituído por uma máfia de ‘colarinho branco’ representada pelo Cartel de Cali. Hoje em dia, Álvaro Uribe representa o narcoparamilitarismo plebeu e provinciano, e está sendo substituído também por uma articulação de Bogotá, mais oligárquica e tradicional. Segundo Laura essa substituição se dá “como quem diz: agora o mordomo já limpou o caminho, escolha um lado, porque o verdadeiro dono chegou para tomar o controle”.
Trata-se de uma mudança dentro das classes dominantes, que não muda o caráter do regime. E não há possibilidade de verdadeira mudança, a não ser por iniciativa popular e por transformações profundas na sociedade. Ou seja, um processo análogo ao que passou na Venezuela e na Bolívia. Uma revolução popular capaz de avançar na democratização das forças armadas, no desmonte das milícias paramilitares, na criação de condições para acabar com o narcotráfico incrustado na estrutura do Estado, e no estabelecimento de negociações que possibilitem a reinserção das FARC na vida política sob um regime democrático.
A prova mais clara de que é impossível mudar este regime por dentro dele mesmo, é que hoje os paramilitares com traços fascistas somam 50 mil. E segundo um informe da Human Rights novos grupos paramilitares não param de surgir e geram um impacto brutal na sociedade. Um relatório baseado em 3 anos de pesquisa, demonstra a participação deste grupos em massacres, execuções, expulsão de terras, crimes sexuais, e extorsão. Isso obviamente gera um clima de ameaça permanente dentro das comunidades colombianas sob sua influência. Em junho de 2009, os grupos paramilitares estavam presentes em 173 municípios, de 24 dos 32 departamentos da Colômbia. O relatório indica que em algumas regiões, como Medelín, o índice de homicídios duplicou devido à ação destes grupos. As vítimas foram normalmente ativistas de direitos humanos, sindicalistas, famílias de vítimas dos paramilitares que exigem justiça, e membros das comunidades que não acatam as ordens do grupo. Os paramilitares possuem conhecidas relações com os partidos da direita. Se sabe também que hoje há mais de 2 mil paramilitares que trabalham na fronteira e fazem invasões secretas na Venezuela no estado de Táchira, hoje governado pela direita anti-chavista.
3.
O qualificativo “narco terrorismo” dado às FARC tem o real objetivo de manter essa estrutura estatal militarista que justifica a política paramilitar interna, que vá mais além da guerra com as FARC, contra qualquer resistência interna às políticas Uribistas. E fundamentalmente é uma política associada ao imperialismo que tem sob sua mira a Venezuela, país onde o processo revolucionário adotou políticas radicais contra o neoliberalismo e se afirmou independente ao imperialismo. Colômbia é o segundo país que serve de base militar externa dos EUA, depois de Israel. O acordo semi-secreto que determina as sete bases militares americanas na Colômbia permite a atuação destas para além das fronteiras colombianas.
As FARC são herdeiras de mais de 60 anos de violência no campo contra os trabalhadores rurais, desde quando setores populares e liberais se uniram ao Partido Comunista para formar, nos anos 50, a República independente de Marquetalia. As FARC foram fundadas em 1966, como uma organização de luta pela terra, no período em que a esquerda latino-americana estava muito influenciada pela revolução cubana e em todo o mundo de vivia uma situação revolucionária. Desde então, muita coisa mudou, e para pior. Nos anos 90, as FARC fizeram um acordo com o governo colombiano para sua reinserção na vida política legal do país. Formaram um partido chamado Unidade Patriótica, e assim se apresentaram nas eleições. Mas a Unidade Patriótica foi reprimida de forma selvagem, tendo sido assassinados vários de seus dirigentes e centenas de ativistas. Foram levados a voltar à guerrilha. Hoje estão na defensiva. Como grande parte do campesinato, as FARC devem ter relações com as zonas ilícitas das plantações de coca e papoula. O governo utiliza esse fato, mal visto pela população, para justificar uma política de repressão sistemática, desumana e generalizada. Mas o fato é que Chávez não possui um plano concreto em relação às FARC. Essa denúncia é, mais que qualquer outra coisa, uma provocação arquitetada por EUA e governo da Colômbia.
4.
A violência na Colômbia já leva mais de 60 anos. Primeiro a guerra civil levada adiante pela oligarquia conservadora contra os camponeses vinculados ao Partido Liberal, depois contra os grupos guerrilheiros que atuavam no campo. A única saída a essa violência é uma verdadeira paz negociada que permita a reinserção política das FARC e outras forças insurgentes. A paz negociada é também a única saída para as próprias FARC: a forma como a guerrilha pode colaborar com esse processo é mediante uma política que se conecte melhor com uma ampla parte do povo, ou seja, um acordo de paz que relocalize as demandas populares num cenário de reivindicações democráticas. Mas somente uma mudança promovida pela própria sociedade civil que pode levar a cabo esta tarefa.
5.
Neste contexto, as medidas tomadas pelo governo bolivariano de Chávez são uma legítima resposta contra a provocação montada, como uma espada de Dâmocles sobre a Venezuela. A resposta de todos os governos e dos povos latino-americanos deve ser a defesa da soberania política da Venezuela contra qualquer ameaça ou eventual ataque dos EUA e seu títere colombiano. E o PSOL se solidariza com os setores colombianos que buscam uma saída negociada para o conflito armado.
Ao mesmo tempo todos os países que fazem parte da UNASUL devem exigir a retirada das bases norte-americanas da Colômbia, que hoje apontam para Venezuela, mas que amanhã pode apontar para outros países que busquem independência e soberania. Com estas bases americanas é impossível assegurar que não haja agressões. Só haverá autodeterminação dos nossos povos com um novo regime na Colômbia, e sem bases ianques na região.
Publicado originalmente dia 1/8/10 em http://internacionalpsol.wordpress.com/2010/08/01/ao-lado-da-venezuela-no-conflito-com-a-colombia/
1.
Novamente o Estado comandado pelo governo de Uribe montou uma provocação contra a República Bolivariana da Venezuela, apresentando na ONU uma suposta relação direta de apoio às FARC por parte do presidente Chávez e mostrando que a guerrilha teria bases em território venezuelano.
A denúncia, baseada em mentiras de todo tipo, é simples: pretender demonstrar que a República Bolivariana está vinculada ao “narco terrorismo”, um qualificativo que segue os cânones ditados pelos EUA na época de Bush, mas que não foi rechaçado e sim, ao contrário, reafirmado sob o governo Obama. Trata-se de uma falsa acusação, que tem objetivo de justificar e preparar uma ofensiva militar desde a Colômbia, usando os mesmos motivos que usam os EUA para invadir militarmente (há mais de 8 anos) o Afeganistão.
2.
Trata-se de uma política sistemática orquestrada entre Uribe e EUA, e que vai continuar aplicando seu continuador, Juan Manuel Santos. É preciso descartar as especulações de uma possível mudança com o novo governo da Colômbia, diferente do que faz o governo brasileiro. Juan Manuel Santos foi chefe das forças armadas de Uribe e comandou a invasão ao Equador. Esse chefe militar convertido em presidente é a continuação do governo Uribe e de sua política. Há pequenas diferenças residuais entre um e outro. Mas no essencial, é o mesmo regime, com o mesmo exército, que se formou através da repressão sistemática à resistência popular.
O novo governo teve resultados eleitorais favoráveis porque um importante setor da população não vê outra saída para pôr fim à violência que há tempos impera, e o discurso de Juan Manuel Santos apelou eleitoreiramente no sentido da pacificação do país. Mas isso esse apelo eleitoreiro é insuficiente para negarmos que o regime colombiano se baseia no terrorismo de Estado, num exército pronto para a “ação contra-insurgente”, que já massacrou milhares de civis. Agora esse regime violento unifica as forças armadas para a sustentação direta dos EUA, mediante sete bases militares instaladas no país. Não se trata de uma análise panfletária. Nos últimos dias, foi descoberta uma fossa comum com centenas de cadáveres na fronteira com a Venezuela, no povoado de Macarena. Essa fossa secreta possui pelo menos 2 mil cadáveres, e é a maior fossa comum encontrada em todo continente.
Violência paramilitar: fossa comum encontrada na Colômbia, perto da fronteira com Venezuela
Foram executados ou pelo exército colombiano ou por paramilitares amparados pelo governo. Este fato sinistro, que faz lembrar as práticas do fascismo, mostra a verdadeira face do Estado colombiano. Um Estado que orquestrou a execução de mais de 3 mil lutadores democráticos e sindicalistas nos últimos 5 anos.
Trata-se de um Estado que pratica a violência sistemática, respaldado e assessorado militarmente pelos EUA. Este Estado, que utiliza o pretexto da convivência das FARC com o narcotráfico para cometer barbaridades, e que classificou as FARC como organização terrorista, tem também vínculos diretos com o narcotráfico que domina o país. Os parentes de Uribe fazem parte do cartel Cali, que substituiu o cartel de Medelín, do conhecido traficante Escobar. O governo Juan Manuel Santos não pode dar marcha ré, não pode desmontar estas instituições estatais e paraestatais, porque isso seria suicidar-se.
Mas ainda que o governo de Santos seja uma continuidade do governo Uribe, há algumas diferenças que é preciso assinalar, para entender a dinâmica dos acontecimentos. Segundo a escritora colombiana Laura Restrepo, “Santos não era a opção eleitoral de Uribe, e sim o chamado ‘Uribito’, um clone que acabou afundando, apesar dos esforços da presidência para promovê-lo”. Ela conta que Uribe e Santos fizeram uma aliança estratégica há 8 anos, e por isso os meios de comunicação de massa de propriedade de Santos (entre eles o ‘El Tiempo’) apoiaram o projeto narco-militar de Uribe. Em troca, Uribe entregou postos chave de poder para Santos e sua família, incluindo a vice presidência e o Ministério da Defesa. Além disso, Uribe favoreceu o grupo de Santos, concedendo a ele mais um canal de televisão. Através da família de Santos e da aliança midiática entre ‘El Tiempo’ e ‘Planeta’, Uribe ficou conectado à rede internacional de direita promovida por Aznar, na Espanha e na América Latina. Há, porém, uma rivalidade entre os dois setores da classe dominante que foi exposta quando Uribe demonstrou desgosto com o protagonismo de Santos no caso do resgate de Ingrid Betancur. Na Colômbia, as classes dominantes estão totalmente integradas ao narcotráfico. Durante um tempo, Pablo Escobar encarnou a máfia plebéia, mas foi eliminado e substituído por uma máfia de ‘colarinho branco’ representada pelo Cartel de Cali. Hoje em dia, Álvaro Uribe representa o narcoparamilitarismo plebeu e provinciano, e está sendo substituído também por uma articulação de Bogotá, mais oligárquica e tradicional. Segundo Laura essa substituição se dá “como quem diz: agora o mordomo já limpou o caminho, escolha um lado, porque o verdadeiro dono chegou para tomar o controle”.
Trata-se de uma mudança dentro das classes dominantes, que não muda o caráter do regime. E não há possibilidade de verdadeira mudança, a não ser por iniciativa popular e por transformações profundas na sociedade. Ou seja, um processo análogo ao que passou na Venezuela e na Bolívia. Uma revolução popular capaz de avançar na democratização das forças armadas, no desmonte das milícias paramilitares, na criação de condições para acabar com o narcotráfico incrustado na estrutura do Estado, e no estabelecimento de negociações que possibilitem a reinserção das FARC na vida política sob um regime democrático.
A prova mais clara de que é impossível mudar este regime por dentro dele mesmo, é que hoje os paramilitares com traços fascistas somam 50 mil. E segundo um informe da Human Rights novos grupos paramilitares não param de surgir e geram um impacto brutal na sociedade. Um relatório baseado em 3 anos de pesquisa, demonstra a participação deste grupos em massacres, execuções, expulsão de terras, crimes sexuais, e extorsão. Isso obviamente gera um clima de ameaça permanente dentro das comunidades colombianas sob sua influência. Em junho de 2009, os grupos paramilitares estavam presentes em 173 municípios, de 24 dos 32 departamentos da Colômbia. O relatório indica que em algumas regiões, como Medelín, o índice de homicídios duplicou devido à ação destes grupos. As vítimas foram normalmente ativistas de direitos humanos, sindicalistas, famílias de vítimas dos paramilitares que exigem justiça, e membros das comunidades que não acatam as ordens do grupo. Os paramilitares possuem conhecidas relações com os partidos da direita. Se sabe também que hoje há mais de 2 mil paramilitares que trabalham na fronteira e fazem invasões secretas na Venezuela no estado de Táchira, hoje governado pela direita anti-chavista.
3.
O qualificativo “narco terrorismo” dado às FARC tem o real objetivo de manter essa estrutura estatal militarista que justifica a política paramilitar interna, que vá mais além da guerra com as FARC, contra qualquer resistência interna às políticas Uribistas. E fundamentalmente é uma política associada ao imperialismo que tem sob sua mira a Venezuela, país onde o processo revolucionário adotou políticas radicais contra o neoliberalismo e se afirmou independente ao imperialismo. Colômbia é o segundo país que serve de base militar externa dos EUA, depois de Israel. O acordo semi-secreto que determina as sete bases militares americanas na Colômbia permite a atuação destas para além das fronteiras colombianas.
As FARC são herdeiras de mais de 60 anos de violência no campo contra os trabalhadores rurais, desde quando setores populares e liberais se uniram ao Partido Comunista para formar, nos anos 50, a República independente de Marquetalia. As FARC foram fundadas em 1966, como uma organização de luta pela terra, no período em que a esquerda latino-americana estava muito influenciada pela revolução cubana e em todo o mundo de vivia uma situação revolucionária. Desde então, muita coisa mudou, e para pior. Nos anos 90, as FARC fizeram um acordo com o governo colombiano para sua reinserção na vida política legal do país. Formaram um partido chamado Unidade Patriótica, e assim se apresentaram nas eleições. Mas a Unidade Patriótica foi reprimida de forma selvagem, tendo sido assassinados vários de seus dirigentes e centenas de ativistas. Foram levados a voltar à guerrilha. Hoje estão na defensiva. Como grande parte do campesinato, as FARC devem ter relações com as zonas ilícitas das plantações de coca e papoula. O governo utiliza esse fato, mal visto pela população, para justificar uma política de repressão sistemática, desumana e generalizada. Mas o fato é que Chávez não possui um plano concreto em relação às FARC. Essa denúncia é, mais que qualquer outra coisa, uma provocação arquitetada por EUA e governo da Colômbia.
4.
A violência na Colômbia já leva mais de 60 anos. Primeiro a guerra civil levada adiante pela oligarquia conservadora contra os camponeses vinculados ao Partido Liberal, depois contra os grupos guerrilheiros que atuavam no campo. A única saída a essa violência é uma verdadeira paz negociada que permita a reinserção política das FARC e outras forças insurgentes. A paz negociada é também a única saída para as próprias FARC: a forma como a guerrilha pode colaborar com esse processo é mediante uma política que se conecte melhor com uma ampla parte do povo, ou seja, um acordo de paz que relocalize as demandas populares num cenário de reivindicações democráticas. Mas somente uma mudança promovida pela própria sociedade civil que pode levar a cabo esta tarefa.
5.
Neste contexto, as medidas tomadas pelo governo bolivariano de Chávez são uma legítima resposta contra a provocação montada, como uma espada de Dâmocles sobre a Venezuela. A resposta de todos os governos e dos povos latino-americanos deve ser a defesa da soberania política da Venezuela contra qualquer ameaça ou eventual ataque dos EUA e seu títere colombiano. E o PSOL se solidariza com os setores colombianos que buscam uma saída negociada para o conflito armado.
Ao mesmo tempo todos os países que fazem parte da UNASUL devem exigir a retirada das bases norte-americanas da Colômbia, que hoje apontam para Venezuela, mas que amanhã pode apontar para outros países que busquem independência e soberania. Com estas bases americanas é impossível assegurar que não haja agressões. Só haverá autodeterminação dos nossos povos com um novo regime na Colômbia, e sem bases ianques na região.
Publicado originalmente dia 1/8/10 em http://internacionalpsol.wordpress.com/2010/08/01/ao-lado-da-venezuela-no-conflito-com-a-colombia/
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
NICOLAS BEHR E JORGE OLIVEIRA APOIAM JORGE ANTUNES SENADOR 500
Até as 23h00 de hoje, dia 9 de agosto, 217 artistas já assinaram a petição on line, em apoio à candidatura do Maestro Jorge Antunes ao Senado.
Os 2 últimos signatários foram duas das maiores personalidades da comunidade artística brasiliense: o poeta Nicolas Behr e o cineasta Jorge Oliveira.
O MANIFESTO DE INTELECTUAIS E ARTISTAS EM APOIO À CANDIDATURA JORGE ANTUNES-SENADOR 500, PSOL-DF, pode ser lida e assinada em:
http://www.petitionspot.com/petitions/JorgeAntuneSENADOR
Os 2 últimos signatários foram duas das maiores personalidades da comunidade artística brasiliense: o poeta Nicolas Behr e o cineasta Jorge Oliveira.
O MANIFESTO DE INTELECTUAIS E ARTISTAS EM APOIO À CANDIDATURA JORGE ANTUNES-SENADOR 500, PSOL-DF, pode ser lida e assinada em:
http://www.petitionspot.com/petitions/JorgeAntuneSENADOR
A VERDADE COMO BANDEIRA
Fui entrevistado ao vivo hoje, dia 9, pela manhã, na Radio CBN, pelo jornalista Estevão Damázio. Foram 15 minutos preciosos em que tive a oportunidade de expor minhas propostas e a plataforma do PSOL. Damázio fez perguntas inteligentes e oportunas. Estou recebendo várias mensagens de amigos, e também de eleitores que não conheço, elogiando minha participação no programa e declarando voto no 500 para Senador pelo DF.
Abaixo reproduzo os pontos básicos de minha plataforma. Vários dos itens foram explanados na entrevista.
Ainda hoje, às 20h45, serei entrevistado na Rádio Cultura FM do DF. Essa nova entrevista terá duração de uma hora. A conversa com Gustavo Vasconcellos, o entrevistador, será alternada com emissão de áudio de obras musicais minhas.
Damázio, na CBN, me perguntou como combaterei a corrupção. Eu disse que a bancada do PSOL está e estará sempre alerta, vigilante, denunciando as falcatruas. Acrescentei mais: disse que não faremos como fez recentemeente um dos candidatos a governador, que viu, antes de todos, os filmes das propinas da Operação Caixa de Pandora, e ficou caladinho.
Sempre adotamos A VERDADE COMO BANDEIRA !
Convido todos e todas a sintonizarem a Rádio Cultura FM, hoje, dia 9, de 20h45 às 21h45.
JORGE ANTUNES
PROPOSTAS DE LUTA DE JORGE ANTUNES, Senador:
* Reestruturação total do transporte público no DF, com alta quantidade e qualidade, e integração ônibus-metrô;
* Criação do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis;
* Universalização do ensino público em tempo integral, três refeições na escola, qualidade, construção de novas escolas, salários dignos para os professores;
* Garantia de eficiência da Saúde Pública no DF, com reformas profundas e ampliação dos hospitais públicos e postos de saúde;
* Verbas públicas para enriquecimento dos acervos da Biblioteca Nacional de Brasília (Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola) e o Museu Nacional de Brasília (Museu Nacional Honestino Guimarães);
* Creches gratuitas no DF com alta qualidade e especialistas pediátricos e nutricionistas;
* Apoio efetivo à democratização cultural e à criação e difusão artística;
* 3% do orçamento da União para a Cultura;
* Apresentação de PEC do "direito de deseleger": plebiscito revogatório em que o povo retira o mandato de políticos ineptos e/ou corruptos;
* Verbas públicas para a expansão da UnB, com eficiência, qualidade nos espaços físicos e infra-estrutura;
* Autonomia plena para as Universidades públicas e gratuitas;
* Verbas públicas para a expansão da Escola de Música de Brasília para as Cidades Satélites, com ensino público e gratuito;
* Educação Musical nas escolas, com regulamentação, professores com formação específica, infra-estrutura, equipamentos, instrumentos, para criação de coros, orfeões, bandas de música, grupos musicais.
* Verbas públicas para as orquestras e grupos, condicionadas a percentagem mínima de 30% de música brasileira na programação, com instituição da figura do "compositor residente";
* Microcrédito bancário para músicos comprarem equipamentos e instrumentos musicais;
* Apoio integral, com vantagens fiscais, para todos os profissionais da cadeia produtiva da música: estúdios de ensaio e gravação, escolas de música, bares, restaurantes, teatros e auditórios, camelôs, lojas de música, livrarias, locadoras de vídeo, cinemas, etc..
Abaixo reproduzo os pontos básicos de minha plataforma. Vários dos itens foram explanados na entrevista.
Ainda hoje, às 20h45, serei entrevistado na Rádio Cultura FM do DF. Essa nova entrevista terá duração de uma hora. A conversa com Gustavo Vasconcellos, o entrevistador, será alternada com emissão de áudio de obras musicais minhas.
Damázio, na CBN, me perguntou como combaterei a corrupção. Eu disse que a bancada do PSOL está e estará sempre alerta, vigilante, denunciando as falcatruas. Acrescentei mais: disse que não faremos como fez recentemeente um dos candidatos a governador, que viu, antes de todos, os filmes das propinas da Operação Caixa de Pandora, e ficou caladinho.
Sempre adotamos A VERDADE COMO BANDEIRA !
Convido todos e todas a sintonizarem a Rádio Cultura FM, hoje, dia 9, de 20h45 às 21h45.
JORGE ANTUNES
PROPOSTAS DE LUTA DE JORGE ANTUNES, Senador:
* Reestruturação total do transporte público no DF, com alta quantidade e qualidade, e integração ônibus-metrô;
* Criação do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis;
* Universalização do ensino público em tempo integral, três refeições na escola, qualidade, construção de novas escolas, salários dignos para os professores;
* Garantia de eficiência da Saúde Pública no DF, com reformas profundas e ampliação dos hospitais públicos e postos de saúde;
* Verbas públicas para enriquecimento dos acervos da Biblioteca Nacional de Brasília (Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola) e o Museu Nacional de Brasília (Museu Nacional Honestino Guimarães);
* Creches gratuitas no DF com alta qualidade e especialistas pediátricos e nutricionistas;
* Apoio efetivo à democratização cultural e à criação e difusão artística;
* 3% do orçamento da União para a Cultura;
* Apresentação de PEC do "direito de deseleger": plebiscito revogatório em que o povo retira o mandato de políticos ineptos e/ou corruptos;
* Verbas públicas para a expansão da UnB, com eficiência, qualidade nos espaços físicos e infra-estrutura;
* Autonomia plena para as Universidades públicas e gratuitas;
* Verbas públicas para a expansão da Escola de Música de Brasília para as Cidades Satélites, com ensino público e gratuito;
* Educação Musical nas escolas, com regulamentação, professores com formação específica, infra-estrutura, equipamentos, instrumentos, para criação de coros, orfeões, bandas de música, grupos musicais.
* Verbas públicas para as orquestras e grupos, condicionadas a percentagem mínima de 30% de música brasileira na programação, com instituição da figura do "compositor residente";
* Microcrédito bancário para músicos comprarem equipamentos e instrumentos musicais;
* Apoio integral, com vantagens fiscais, para todos os profissionais da cadeia produtiva da música: estúdios de ensaio e gravação, escolas de música, bares, restaurantes, teatros e auditórios, camelôs, lojas de música, livrarias, locadoras de vídeo, cinemas, etc..
domingo, 8 de agosto de 2010
Jorge Antunes 500 é PSOL, amanhã, na CBN
O candidato ao Senado Jorge Antunes 500 será entrevistado pela CBN/Brasília (95,30 FM), segunda-feira, dia 09/08 às 10:45 hs.
LEIA O DISCURSO DA DEPUTADA LUCIANA GENRO PRONUNCIADO EM 08 DE ABRIL DE 2010
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ
Sessão: 066.4.53.O Hora: 10:48 Fase: BC
Orador: LUCIANA GENRO, PSOL-RS
Data: 08/04/2010
A SRA. LUCIANA GENRO (PSOL-RS. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero manifestar minha indignação diante de uma situação absurda que aconteceu em Brasília.
Jorge Antunes, maestro aqui de Brasília, compôs uma ópera de rua, intitulada Auto do Pesadelo de Dom Bosco, da qual participam 65 músicos: cantores solistas, orquestra de 12 músicos e coral de 30 membros. Todos os participantes são voluntários, atuam sem cachê.
É uma ópera-bufa, com história passada na Idade Média, em que corruptos são julgados e condenados. O espetáculo critica e ironiza os corruptos dos poderes no Distrito Federal. Uma bela forma de engajamento cívico de um artista que está sempre atento à realidade do seu povo e da sua cidade. Os nomes dos personagens se referem a Deputados Distritais envolvidos no esquema de Arruda: Bruxa Ouvides Grito, Monarca Xaró Parruda, etc. Ocorre que o norte-americano Ira Levin, que é o regente da Orquestra do Teatro Nacional, é genro de Eurides Brito, caricaturizada na ópera de Antunes como sendo a Bruxa Ouvides Grito.
Para quem não se lembra, Eurides é a Deputada Distrital filmada recebendo propina. Ira Levin, que não manifestou nenhuma indignação diante do escândalo que desmoraliza a nossa Capital, não gostou de ver sua sogra ironizada. Ele telefonou para um dos músicos que atuam na ópera de rua, o clarinetista cubano Félix Alonso, e fez-lhe ameaças e coações, dispensando a sua participação na programação da Orquestra em 2010. Indignado, o músico Felix Alonso, que toca com a orquestra brasiliense desde 1997, foi aos jornais.
O caso teve desdobramentos. A imprensa se aprofundou investigando a situação até então pouco conhecida: a de que o Ira Levin é genro de Eurides e que esta tem injetado milhões em uma associação, para pagar alto salário ao genro.
Então, quero deixar registrada minha solidariedade ao maestro Jorge Antunes e principalmente ao músico Félix Alonso, que está sofrendo uma clara perseguição política. A sociedade brasiliense, que está indignada com a corrupção, também não pode tolerar perseguição àqueles que por meio do seu trabalho contribuem para denunciar essas mazelas da política.
Muito obrigada.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
JORGE ANTUNES, 500: A VERDADE COMO BANDEIRA
PROPOSTAS DE LUTA DE JORGE ANTUNES, Senador:
* Reestruturação total do transporte público no DF, com alta quantidade e qualidade, e integração ônibus-metrô;
* Criação do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis;
* Universalização do ensino público em tempo integral, três refeições na escola, qualidade, construção de novas escolas, salários dignos para os professores;
* Garantia de eficiência da Saúde Pública no DF, com reformas profundas e ampliação dos hospitais públicos e postos de saúde;
* Verbas públicas para enriquecimento dos acervos da Biblioteca Nacional de Brasília (Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola) e o Museu Nacional de Brasília (Museu Nacional Honestino Guimarães);
* Creches gratuitas no DF com alta qualidade e especialistas pediátricos e nutricionistas;
* Apoio efetivo à democratização cultural e à criação e difusão artística;
* 3% do orçamento da União para a Cultura;
* Apresentação de PEC do "direito de deseleger": plebiscito revogatório em que o povo retira o mandato de políticos ineptos e/ou corruptos;
* Verbas públicas para a expansão da UnB, com eficiência, qualidade nos espaços físicos e infra-estrutura;
* Autonomia plena para as Universidades públicas e gratuitas;
* Verbas públicas para a expansão da Escola de Música de Brasília para as Cidades Satélites, com ensino público e gratuito;
* Educação Musical nas escolas, com regulamentação, professores com formação específica, infra-estrutura, equipamentos, instrumentos, para criação de coros, orfeões, bandas de música, grupos musicais.
* Verbas públicas para as orquestras e grupos, condicionadas a percentagem mínima de 30% de música brasileira na programação, com instituição da figura do "compositor residente";
* Microcrédito bancário para músicos comprarem equipamentos e instrumentos musicais;
* Apoio integral, com vantagens fiscais, para todos os profissionais da cadeia produtiva da música: estúdios de ensaio e gravação, escolas de música, bares, restaurantes, teatros e auditórios, camelôs, lojas de música, livrarias, locadoras de vídeo, cinemas, etc..
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Manifestação Pró Ficha Limpa - 04/07 - 16 hs
Dia 04 de agosto será marcado em Brasília por uma manifestação pró Ficha Limpa. A data é véspera do último dia para que os tribunais regionais eleitorais respondam aos pedidos de impugnação de candidaturas. A concentração dos manifestantes, organizados pelo comitê do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) do Distrito Federal, será às 16h em frente ao Memorial JK, no Eixo Monumental. Às 17h, eles seguirão até a entrada do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/DF).
quinta-feira, 29 de julho de 2010
200 - DUZENTOS - 200
CHEGOU A 200 O NÚMERO DE SIGNATÁRIOS NO
Manifesto de Artistas e Intelectuais em Apoio à Candidatura do Maestro Jorge Antunes ao Senado
A ducentésima assinatura é da pianista Patricia Kawaguchi.
Leia o Manifesto e o assine em:
http://www.petitionspot.com/petitions/JorgeAntuneSENADOR
Manifesto de Artistas e Intelectuais em Apoio à Candidatura do Maestro Jorge Antunes ao Senado
A ducentésima assinatura é da pianista Patricia Kawaguchi.
Leia o Manifesto e o assine em:
http://www.petitionspot.com/petitions/JorgeAntuneSENADOR
PROPOSTAS DE LUTA DE JORGE ANTUNES, Senador 500
PROPOSTAS DE LUTA DE JORGE ANTUNES, Senador:
* Reestruturação total do transporte público no DF, com alta quantidade e qualidade, e integração ônibus-metrô;
* Criação do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis;
* Universalização do ensino público em tempo integral, três refeições na escola, qualidade, construção de novas escolas, salários dignos para os professores;
* Garantia de eficiência da Saúde Pública no DF, com reformas profundas e ampliação dos hospitais públicos e postos de saúde;
* Verbas públicas para enriquecimento dos acervos da Biblioteca Nacional de Brasília (Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola) e o Museu Nacional de Brasília (Museu Nacional Honestino Guimarães);
* Creches gratuitas no DF com alta qualidade e especialistas pediátricos e nutricionistas;
* Apoio efetivo à democratização cultural e à criação e difusão artística;
* 3% do orçamento da União para a Cultura;
* Apresentação de PEC do "direito de deseleger": plebiscito revogatório em que o povo retira o mandato de políticos ineptos e/ou corruptos;
* Verbas públicas para a expansão da UnB, com eficiência, qualidade nos espaços físicos e infra-estrutura;
* Autonomia plena para as Universidades públicas e gratuitas;
* Verbas públicas para a expansão da Escola de Música de Brasília para as Cidades Satélites, com ensino público e gratuito;
* Educação Musical nas escolas, com regulamentação, professores com formação específica, infra-estrutura, equipamentos, instrumentos, para criação de coros, orfeões, bandas de música, grupos musicais.
* Verbas públicas para as orquestras e grupos, condicionadas a percentagem mínima de 30% de música brasileira na programação, com instituição da figura do "compositor residente";
* Microcrédito bancário para músicos comprarem equipamentos e instrumentos musicais;
* Apoio integral, com vantagens fiscais, para todos os profissionais da cadeia produtiva da música: estúdios de ensaio e gravação, escolas de música, bares, restaurantes, teatros e auditórios, camelôs, lojas de música, livrarias, locadoras de vídeo, cinemas, etc..
quarta-feira, 28 de julho de 2010
PROPOSTAS DE LUTA DE JORGE ANTUNES, Senador:
* Reestruturação total do transporte público no DF, com alta quantidade e qualidade, e integração ônibus-metrô;
* Criação do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis;
* Universalização do ensino público em tempo integral, três refeições na escola, qualidade, construção de novas escolas, salários dignos para os professores;
* Garantia de eficiência da Saúde Pública no DF, com reformas profundas e ampliação dos hospitais públicos e postos de saúde;
* Verbas públicas para enriquecimento dos acervos da Biblioteca Nacional de Brasília (Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola) e o Museu Nacional de Brasília (Museu Nacional Honestino Guimarães);
* Creches gratuitas no DF com alta qualidade e especialistas pediátricos e nutricionistas;
* Apoio efetivo à democratização cultural e à criação e difusão artística;
* 3% do orçamento da União para a Cultura;
* Apresentação de PEC do "direito de deseleger": plebiscito revogatório em que o povo retira o mandato de políticos ineptos e/ou corruptos;
* Verbas públicas para a expansão da UnB, com eficiência, qualidade nos espaços físicos e infra-estrutura;
* Autonomia plena para as Universidades públicas e gratuitas;
* Verbas públicas para a expansão da Escola de Música de Brasília para as Cidades Satélites, com ensino público e gratuito;
* Educação Musical nas escolas, com regulamentação, professores com formação específica, infra-estrutura, equipamentos, instrumentos, para criação de coros, orfeões, bandas de música, grupos musicais.
* Verbas públicas para as orquestras e grupos, condicionadas a percentagem mínima de 30% de música brasileira na programação, com instituição da figura do "compositor residente";
* Microcrédito bancário para músicos comprarem equipamentos e instrumentos musicais;
* Apoio integral, com vantagens fiscais, para todos os profissionais da cadeia produtiva da música: estúdios de ensaio e gravação, escolas de música, bares, restaurantes, teatros e auditórios, camelôs, lojas de música, livrarias, locadoras de vídeo, cinemas, etc..
197: esse é o número de artistas que, até as 18h00 de hoje, dia 28 de julho, já assinaram o manifesto de apoio a Jorge Antunes
Na foto:
Jorge Antunes com dois de seus apoiadores: a musicóloga MARIA ALICE VOLPE, professora doutora da UFRJ, e maestro Lutero Rodrigues, professor doutor da USP.
ASSINE EM:
http://www.petitionspot.com/petitions/JorgeAntuneSENADOR
terça-feira, 27 de julho de 2010
161: esse é o número de artistas que, até as 12h30 de hoje, dia 27 de julho, já assinaram o manifesto de apoio a Jorge Antunes
VEJA E ASSINE !
http://www.petitionspot.com/petitions/JorgeAntuneSENADOR
http://www.petitionspot.com/petitions/JorgeAntuneSENADOR
segunda-feira, 26 de julho de 2010
MÚSICOS QUEREM REPRESENTAÇÃO NO SENADO
O Maestro Julio Medaglia inaugurou na internet uma petition de apoio à candidatura do maestro Jorge Antunes ao Senado, pelo PSOL-DF. Em pouco mais de uma semana mais de 100 artistas aderiram com suas assinaturas. Alguns nomes da música erudita lá estão como signatários de primeira hora: Julio Medaglia, Manuel Veiga, Mario Ficarelli, Edino Krieger, Lutero Rodrigues, Jamil Maluf, Osvaldo Lacerda, Hamilton de Holanda, Samuel Araujo, Rodrigo Ciccelli Velloso, Amaral Vieira, Rodolfo Coelho de Souza, Eduardo Guimarães Álvares, Eli-Eri Moura, Antonio Carlos Carrasqueira, Guilherme Vaz, Eudóxia de Barros, Jamary Oliveira, Alda Oliveira, Wilson Sukorsky, Emilio Terraza.
O endereço do site é:
http://www.petitionspot.com/petitions/JorgeAntuneSENADOR
Se você quer apoiar a candidatura de JORGE ANTUNES, SENADOR 500, assine a petition e vote nas prévias:
http://tvoto.virtualnet.com.br/votar/2/DF
sábado, 24 de julho de 2010
UM MAESTRO NO SENADO FEDERAL: artistas e intelectuais divulgam manifesto de apoio a Jorge Antunes
http://www.petitionspot.com/petitions/JorgeAntuneSENADOR
O maestro Mario Ficarelli (USP) e o musicólogo Manuel Veiga (UFBA) elaboraram o texto do Manifesto nacional de artistas e intelectuais em apoio à candidatura do maestro Jorge Antunes ao Senado, pelo PSOL-DF
Seja apoiador do Manifesto, assinando no site:
http://www.petitionspot.com/petitions/JorgeAntuneSENADOR
Inclua, ao lado do nome, a categoria (compositor, musicólogo, arquiteto, músico, artista plástico, prof. Universidade).
Existe também um espaço para comentário, se desejar incluí-lo.
A lista de signatários foi aberta por Julio Medaglia, Wilson Sukorsky, Manuel Veiga, L. C. Vinholes, Amaral Vieira e Alda Oliveira.
Depois de assinar, peço que divulgue entre amigos do meio artístico, intelectual e acadêmico, pedindo apoio.
Depois, vote no site:
http://tvoto.virtualnet.com.br/votar/2/DF
Obrigado,
abraço,
Jorge Antunes
PS. O texto e a lista de signatários constarão da petition na internet e também de impressos em papel (folders) para distribuição em Brasília.
UM MAESTRO NO SENADO
Brasília merece! O Brasil merece!
Brasília merece! O Brasil merece!
Artistas criadores e políticos revolucionários têm loucuras em comum: a beleza da vida, a justiça entre os homens. O estudioso da harmonia, do contraponto, do improviso, da composição, da regência é meticuloso na elaboração da consciência e compreensão do mundo em que vivemos.
Políticos profissionais do crime organizado hoje convertem política em lixo. Os que não compactuam e se levantam contra a onda crescente de corrupção têm de realizar enormes esforços para se diferenciarem da corja que cada vez mais se apropria dos recursos públicos e menos punição recebe. Há entre nós, entretanto, um Jorge Antunes de talento reconhecido, uma história de honestidade absoluta, franqueza e espírito de luta, merecedor de nosso apoio.
Compositor, maestro, homem de bem, a população do Distrito Federal terá agora uma oportunidade ímpar de se levantar contra uma situação insuportável e vergonhosa que a todos avassala. É hora de dizer não aos políticos que traem a confiança do povo.
Os abaixo-assinados somos artistas, acadêmicos e músicos desejosos de ver um músico de alta cepa alçado ao Senado, com amplas preocupações sobre Cultura e Educação de qualidade, em que as artes sejam carros-chefes, sem detrimento das outras questões a serem enfrentadas: fim da corrupção, fim da violência, qualidade da saúde pública, ecologia, entre outras.
Horácio (65 AC - 8 AC), contando a história da Grécia invadida e dominada pelos romanos, reconheceu que não foi o enorme poderio militar romano o que restou, mas a cultura grega. Não a força, nem o poder, mas o lastro cultural. Assim, Antunes finca suas bandeiras na Cultura e na Educação, a exemplo do Sistema de Orquestras Juvenis que pretende fomentar para retirar crianças das ruas e alicerçar a formação intelectual de jovens. Criadas por todo o Brasil, em escolas públicas de tempo integral, serão células de um futuro melhor.
Sobre a sofrida Educação Musical Antunes reacende nossas esperanças: “Lutaremos pela regulamentação da Educação Musical nas escolas, sendo a disciplina ministrada por professores com formação específica, de modo a não permitir que na escola seja repetido o processo deseducador dos meios de comunicação de massa, que banaliza e desvirtua a educação de qualidade. A Educação Musical será abrangente, de maneira a abrir um leque ao educando. As multinacionais do banal que se enriquecem com o consumismo alienante serão banidas do espaço escolar.”
Muitos de nós, signatários deste documento, temos amigos e familiares em Brasília. É hora de mobilizá-los, conclamando-os a votarem em Antunes.
JORGE 500
Maestro Jorge Antunes: são outros 500!
Senador da República – PSOL
Maestro Jorge Antunes: são outros 500!
Senador da República – PSOL
quarta-feira, 21 de julho de 2010
PROPOSTAS DE LUTA DE JORGE ANTUNES, SENADOR 500
PROPOSTAS DE LUTA DE JORGE ANTUNES, Senador:
* Reestruturação total do transporte público no DF, com alta quantidade e qualidade, e integração ônibus-metrô;
* Criação do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis;
* Universalização do ensino público em tempo integral, três refeições na escola, qualidade, construção de novas escolas, salários dignos para os professores;
* Garantia de eficiência da Saúde Pública no DF, com reformas profundas e ampliação dos hospitais públicos e postos de saúde;
* Verbas públicas para enriquecimento dos acervos da Biblioteca Nacional de Brasília (Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola) e o Museu Nacional de Brasília (Museu Nacional Honestino Guimarães);
* Creches gratuitas no DF com alta qualidade e especialistas pediátricos e nutricionistas;
* Apoio efetivo à democratização cultural e à criação e difusão artística;
* 3% do orçamento da União para a Cultura;
* Apresentação de PEC do "direito de deseleger": plebiscito revogatório em que o povo retira o mandato de políticos ineptos e/ou corruptos;
* Verbas públicas para a expansão da UnB, com eficiência, qualidade nos espaços físicos e infra-estrutura;
* Autonomia plena para as Universidades públicas e gratuitas;
* Verbas públicas para a expansão da Escola de Música de Brasília para as Cidades Satélites, com ensino público e gratuito;
* Educação Musical nas escolas, com regulamentação, professores com formação específica, infra-estrutura, equipamentos, instrumentos, para criação de coros, orfeões, bandas de música, grupos musicais.
* Verbas públicas para as orquestras e grupos, condicionadas a percentagem mínima de 30% de música brasileira na programação, com instituição da figura do "compositor residente";500
segunda-feira, 19 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
MANIFESTO: UM MAESTRO NO SENADO
O maestro Mario Ficarelli (USP) e o musicólogo Manuel Veiga (UFBA) elaboraram o texto do Manifesto nacional de artistas e intelectuais em apoio à candidatura do maestro Jorge Antunes ao Senado, pelo PSOL-DF
Seja apoiador do Manifesto, assinando no site:
http://www.petitionspot.com/petitions/JorgeAntuneSENADOR
Inclua, ao lado do nome, a categoria (compositor, musicólogo, arquiteto, músico, artista plástico, prof. Universidade).
Existe também um espaço para comentário, se desejar incluí-lo.
A lista de signatários foi aberta por Julio Medaglia, Wilson Sukorsky, Manuel Veiga, L. C. Vinholes, Amaral Vieira e Alda Oliveira.
Depois de assinar, peço que divulgue entre amigos do meio artístico, intelectual e acadêmico, pedindo apoio.
Depois, vote no site:
http://tvoto.virtualnet.com.br/votar/2/DF
Obrigado,
abraço,
Jorge Antunes
PS. O texto e a lista de signatários constarão da petition na internet e também de impressos em papel (folders) para distribuição em Brasília.
UM MAESTRO NO SENADO
Brasília merece! O Brasil merece!
Artistas criadores e políticos revolucionários têm loucuras em comum: a beleza da vida, a justiça entre os homens. O estudioso da harmonia, do contraponto, do improviso, da composição, da regência é meticuloso na elaboração da consciência e compreensão do mundo em que vivemos.
Políticos profissionais do crime organizado hoje convertem política em lixo. Os que não compactuam e se levantam contra a onda crescente de corrupção têm de realizar enormes esforços para se diferenciarem da corja que cada vez mais se apropria dos recursos públicos e menos punição recebe. Há entre nós, entretanto, um Jorge Antunes de talento reconhecido, uma história de honestidade absoluta, franqueza e espírito de luta, merecedor de nosso apoio.
Compositor, maestro, homem de bem, a população do Distrito Federal terá agora uma oportunidade ímpar de se levantar contra uma situação insuportável e vergonhosa que a todos avassala. É hora de dizer não aos políticos que traem a confiança do povo.
Os abaixo-assinados somos artistas, acadêmicos e músicos desejosos de ver um músico de alta cepa alçado ao Senado, com amplas preocupações sobre Cultura e Educação de qualidade, em que as artes sejam carros-chefes, sem detrimento das outras questões a serem enfrentadas: fim da corrupção, fim da violência, qualidade da saúde pública, ecologia, entre outras.
Horácio (65 AC - 8 AC), contando a história da Grécia invadida e dominada pelos romanos, reconheceu que não foi o enorme poderio militar romano o que restou, mas a cultura grega. Não a força, nem o poder, mas o lastro cultural. Assim, Antunes finca suas bandeiras na Cultura e na Educação, a exemplo do Sistema de Orquestras Juvenis que pretende fomentar para retirar crianças das ruas e alicerçar a formação intelectual de jovens. Criadas por todo o Brasil, em escolas públicas de tempo integral, serão células de um futuro melhor.
Sobre a sofrida Educação Musical Antunes reacende nossas esperanças: “Lutaremos pela regulamentação da Educação Musical nas escolas, sendo a disciplina ministrada por professores com formação específica, de modo a não permitir que na escola seja repetido o processo deseducador dos meios de comunicação de massa, que banaliza e desvirtua a educação de qualidade. A Educação Musical será abrangente, de maneira a abrir um leque ao educando. As multinacionais do banal que se enriquecem com o consumismo alienante serão banidas do espaço escolar.”
Muitos de nós, signatários deste documento, temos amigos e familiares em Brasília. É hora de mobilizá-los, conclamando-os a votarem em Antunes.
JORGE 500
Maestro Jorge Antunes: são outros 500!
Senador da República – PSOL
sábado, 10 de julho de 2010
Os empresários bonzinhos e as doações de campanha
Jorge Antunes
Em 9 de novembro de 2002 o Correio Braziliense publicou matéria intitulada "Prestação de contas", em que eram dados alguns detalhes sobre o financiamento de campanha, no primeiro turno, dos candidatos à Presidência da República. Algumas das informações revelavam um interesse incomum, de empresários, pelo bem do Brasil. Em 23 de setembro de 2002 o Vox Populi divulgou pesquisa em que Garotinho empatava com Ciro Gomes: em 48 horas a Schincariol e a Construtora Camargo Corrêa despejaram R$ 800 mil na conta do PSB, partido ao qual Garotinho era filiado.
Muitos outros bondosos empresários, sempre legalmente no esquema do caixa um, estiveram preocupados com a felicidade de nosso país, percebendo que tão bons presidenciáveis precisavam de apoio financeiro. Em 4 de outubro, a dois dias do primeiro turno, mais R$ 940 mil foram doados à campanha de Garotinho pela Companhia Siderúrgica Nacional, pela Construtora Camargo Corrêa e pela Sergen Engenharia.
É fácil concluir acerca da benevolência dos empresários. Observe-se que, ao fazerem doações para a campanha eleitoral, as empresas e os empresários não têm qualquer incentivo fiscal. Não existe uma lei rouanet ou uma lei sarney para doações de campanha. Os doadores usam dinheiro de seus próprios lucros ou de suas próprias riquezas pessoais, sem qualquer dedução no imposto de renda. Talvez outras leis existam para explicar essa generosidade. Poderíamos falar em lei da selva, lei do mais forte, lei da oferta e da procura ou, até mesmo, em leiloamento, mas o fenômeno, previsto em lei, nada tem a ver com a conhecida lei do mecenato.
Tudo aqui comentado – lembremos ao leitor – se refere ao caixa um, previsto em lei. Várias perguntas imediatamente nos acorrem quando pensamos na questão. Por que o legislador permite que empresas e empresários façam doações para campanhas políticas? O quê leva o legislador a imaginar que existirão empresas e empresários interessados em financiar campanhas? A troco de quê eles fariam tais doações?
A mesma matéria do Correio nos contava que o grupo Gerdau doou R$ 1,315 milhão ao candidato Ciro Gomes. A Votorantim, do empresário Antonio Ermírio de Moraes, que apareceu no programa eleitoral pedindo votos para José Serra, doou R$ 400 mil para a campanha de Ciro.
É muito comum essa magnanimidade do capital: a mesma empresa faz doações a diferentes candidatos adversários entre si. No jogo do bicho a estratégia é velha conhecida: o ato de cercar o bicho pelos sete lados aumenta as chances de sucesso. Em época de eleições uma espécie de jogão do bicho se promove, com grandes somas despejadas pelos sete lados do lodaçal.
Guardo com carinho, em meu implacável arquivo pessoal, duas cartas das Indústrias Votorantim, uma delas assinada pelo próprio Antonio Ermírio de Moraes, o mesmo que em 2002 doou R$ 400 mil para a campanha de Ciro Gomes. São missivas, da mesma época, que me informam acerca da falta de recursos da empresa para atender meu pedido de R$ 400 mil para projetos culturais. Minha ópera Olga e minha Cantata dos Dez Povos, projetos que contavam com o aval do Ministério da Cultura para captação de recursos com os benefícios da Lei do Mecenato, não podiam então sair do papel.
O empresário poderia conceder verba aos projetos culturais, com desconto no imposto de renda. Não o fez. Sem usar de incentivo fiscal, entretanto, foi possível encher as burras dos tesoureiros de campanha de diferentes candidatos. Tudo, repito, dentro do caixa um. Poderíamos, então, chegar a interessante conclusão. Em época eleitoral o empresário abdica do direito de ter isenção fiscal. Vincular seu produto a um evento cultural, em período de eleições, não garante um Brasil promissor para as gerações futuras. O empresário é tão magnânimo, tão patriota, tão bonzinho, que prefere dividir sua fortuna, sem qualquer interesse pessoal, sem isenções fiscais, com candidatos maravilhosos e honestos, cumpridores das leis, tementes a Deus, que hão de cumprir suas promessas de manutenção de um status quo que perpetuará a exploração do homem pelo homem.
A conclusão a que chego, essa que reconhece a existência do empresário bonzinho, pode ser contestada por qualquer um. Outros poderão chegar a outras conclusões. Estes, por questão de coerência, deveriam ficar atentos e destinar seus votos aos candidatos que não aceitem doações através de caixa dois, mas que também não aceitem doações através do caixa um, apesar de a lei permitir. Nem toda lei é legítima. Nem toda lei cheira bem. Tem lei que pega facilmente porque é podre desde seu nascedouro.
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