Com Washington não fala fino,
ao Paraguai não fala grosso.
Ele é muito ladino, seu moço.
Ladino e insosso na vilania.
Amanhã, vai ser outro dia,
amanhã vai ser outro dia,
amanhã vai ser outro dia.
A campanha teve o fomento
de muito dinheiro impuro.
Quando chegar o momento
vão cobrar com juros. Juro!
Um ladrão, em investimento,
fica pensando no futuro:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
A Gerdau de modo nojento
vem com aviso prematuro:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
Um outro rico fraudulento
dá seu apoio obscuro.
Quando chegar o momento
vai cobrar com juros. Juro!
Vem sempre com forte argumento
o Banco Safra, imaturo:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
O empresário-financiamento
convenceu o politburo:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
Olavo Setubal, sedento,
quer ver o Itaú bem seguro:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
A Odebrecht de modo isento
deu ao grande jornal o furo:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
O Ermírio, cheio de talento,
não quer Votorantim no escuro:
– Quando chegar o momento
vou cobrar com juros. Juro!
Outra fábrica de cimento
já tem um know-how bem maduro.
Quando chegar o momento
vai cobrar com juros. Juro!
A empreiteira deu dez por cento,
mas ficou em cima do muro.
Quando chegar o momento
vai cobrar com juros. Juro!
Banqueiro em enriquecimento
depois vai fazer jogo duro.
Quando chegar o momento
vai cobrar com juros. Juro!
Com Washington não fala fino,
ao Paraguai não fala grosso.
Mas este povo, em seu destino,
segue rumo ao fundo do poço.
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